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Os monumentos são obras que marcam a história de um lugar, de um povo ou de uma época. Eles são testemunhas silenciosas de acontecimentos que moldaram o mundo como o conhecemos hoje. Eles são também fontes de inspiração e admiração para quem os visita, pois revelam a arte, a cultura e a identidade de quem os construiu.
1. Exército de Terracota
O Exército de Terracota é um dos monumentos mais impressionantes e misteriosos da China. Ele consiste em mais de 8 mil soldados, cavalos e carruagens de barro, que foram enterrados junto com o primeiro imperador da China, Qin Shi Huang, há mais de 2 mil anos. O objetivo era proteger o imperador na sua jornada para a vida após a morte e demonstrar o seu poder e glória.
O Exército de Terracota foi descoberto por acaso em 1974, por um grupo de camponeses que estavam cavando um poço na província de Shaanxi. Desde então, tornou-se uma das maiores atrações turísticas da China e um Patrimônio Mundial da UNESCO. Os visitantes podem admirar as estátuas em três grandes salões, que cobrem uma área de 22 mil metros quadrados.
O que torna o Exército de Terracota tão fascinante é que cada estátua é única e tem características individuais, como expressões faciais, penteados, roupas e armas. Além disso, as estátuas foram originalmente pintadas com cores vivas, mas a maioria delas perdeu a cor ao longo do tempo. Os arqueólogos ainda estão trabalhando para restaurar e preservar as estátuas, bem como para explorar outras partes do complexo funerário do imperador, que se estima ter 56 quilômetros quadrados.
O Exército de Terracota é um testemunho da história, da cultura e da arte da China antiga. Ele revela aspectos da vida, da guerra e da religião do período dos Reinos Combatentes e da dinastia Qin. Ele também reflete a ambição, a tirania e a megalomania do primeiro imperador, que unificou a China sob o seu domínio, mas também impôs uma série de medidas brutais e opressivas.
Visitar o Exército de Terracota é uma experiência inesquecível e enriquecedora para qualquer amante de viagens. É uma oportunidade de conhecer um dos maiores tesouros arqueológicos do mundo e de se maravilhar com a criatividade e a habilidade dos antigos artesãos chineses. É também uma chance de se conectar com o passado e de aprender mais sobre a história e a cultura de uma das civilizações mais antigas e influentes do planeta.
2. Coliseu
Se você é um apaixonado por história, cultura e arquitetura, não pode deixar de visitar o Coliseu, um dos monumentos mais impressionantes e emblemáticos da capital italiana. O Coliseu é um anfiteatro oval que foi construído no século I d.C., sob o governo dos imperadores da dinastia flaviana. Ele é o maior anfiteatro já construído e podia abrigar entre 50 mil e 80 mil espectadores, que assistiam a espetáculos variados, como combates de gladiadores, caças de animais selvagens, simulações de batalhas navais e dramas baseados na mitologia clássica.
O Coliseu é uma obra-prima da engenharia e da arquitetura romana, que demonstra a habilidade e a técnica dos construtores da época. Ele foi feito com concreto, areia, pedra, mármore e ladrilho, e possuía quatro andares, com cerca de 80 escadas. A arena era coberta de areia e tinha um sistema subterrâneo de túneis e elevadores, chamado de hipogeu, que permitia a movimentação de cenários, animais e pessoas. O Coliseu também contava com um toldo gigante, chamado de velário, que protegia os espectadores do sol e da chuva.
O Coliseu foi usado para entretenimento durante cinco séculos, até ser atingido por um terremoto no século V d.C., que danificou parte da sua estrutura. Depois disso, ele foi abandonado, saqueado, usado como fortaleza militar, habitação e até mesmo como santuário cristão. Hoje em dia, ele é um dos patrimônios históricos mais visitados do mundo, reconhecido pela Unesco como Patrimônio da Humanidade e eleito como uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno.
Visitar o Coliseu é uma experiência única e inesquecível, que nos faz viajar no tempo e imaginar como era a vida na Roma Antiga. É também uma oportunidade de aprender mais sobre a história, a cultura e a arte de uma das civilizações mais importantes e influentes da humanidade. Eu recomendo que você reserve pelo menos duas horas para explorar o interior e o exterior do monumento, e que você contrate um guia ou um áudio-guia para entender melhor os detalhes e as curiosidades desse lugar incrível. O Coliseu é um testemunho da grandeza e da crueldade do Império Romano.
3. Grande Pirâmide de Gizé
Quando pensamos em monumentos que relembram a história, um dos primeiros que vem à mente é a Grande Pirâmide de Gizé, no Egito. Essa impressionante construção é a mais antiga e a maior das três pirâmides que formam a Necrópole de Gizé, um complexo de edifícios que inclui também a famosa Esfinge e vários templos e mastabas. A Grande Pirâmide é a única das Sete Maravilhas do Mundo Antigo que ainda permanece em grande parte intacta, desafiando o tempo e as intempéries.
Acredita-se que a Grande Pirâmide foi construída como um túmulo para o faraó Quéops, da IV dinastia egípcia, por volta de 2560 a.C. O projeto foi supervisionado pelo vizir Hemiunu, considerado o arquiteto da obra. Para erguer esse monumento, foram necessários cerca de 100 mil trabalhadores, que levaram entre 10 e 20 anos para concluir a tarefa.
A pirâmide tem uma base quadrada de 230 metros de lado e uma altura original de 146,5 metros, sendo a estrutura mais alta do mundo até o século XIX. Ela é composta por cerca de 2,3 milhões de blocos de pedra, que pesam em média três toneladas cada um. Esses blocos foram extraídos de pedreiras próximas ao rio Nilo e transportados por barcos ou por trenós de madeira até o local da construção.
O método usado para elevar os blocos até as partes mais altas da pirâmide ainda é motivo de debate entre os cientistas. Algumas teorias sugerem que foram usadas rampas externas ou internas, enquanto outras propõem que os blocos foram moldados no próprio local com um tipo de cimento. O fato é que o encaixe das pedras é tão perfeito que não se pode passar uma lâmina entre elas.
A pirâmide era originalmente revestida por pedras de calcário polido, que davam um brilho à sua superfície quando exposta ao sol. Infelizmente, boa parte desse revestimento foi roubado há mais de 600 anos, revelando a estrutura interna da pirâmide. Além disso, o topo da pirâmide foi danificado por terremotos e vandalismo, reduzindo sua altura atual para 138,8 metros.
O interior da Grande Pirâmide é composto por três câmaras principais: a Câmara do Rei, a Câmara da Rainha e a Câmara Inacabada. A Câmara do Rei é a maior e mais alta delas, situada no centro da pirâmide. Ela contém um sarcófago vazio de granito vermelho, que se acredita ter pertencido ao faraó Quéops. Nenhuma múmia ou tesouro foi encontrado nessa câmara, o que sugere que ela tenha sido saqueada ou que o faraó tenha sido enterrado em outro lugar.
A Câmara da Rainha fica abaixo da Câmara do Rei e tem um formato retangular. Ela não contém nenhum sarcófago ou indício de que tenha sido usada como túmulo. Alguns estudiosos acreditam que ela tenha sido destinada à estátua do faraó ou à sua esposa. Outros sugerem que ela tenha uma função simbólica ou ritualística.
A Câmara Inacabada fica na base da pirâmide e foi escavada no leito rochoso sobre o qual ela foi construída. Ela tem um aspecto rústico e não apresenta nenhuma decoração ou inscrição. Acredita-se que ela tenha sido abandonada durante a construção da pirâmide, por algum motivo desconhecido.
Além das câmaras, há também vários corredores e passagens que conectam as diferentes partes da pirâmide. Alguns desses corredores foram feitos para permitir a circulação de ar dentro da estrutura, enquanto outros foram criados para enganar possíveis saqueadores, levando a becos sem saída ou armadilhas. Há também dois pequenos orifícios na Câmara do Rei que apontam para as estrelas, possivelmente relacionados à crença egípcia na vida após a morte.
Para quem quer conhecer a Grande Pirâmide de Gizé, há algumas dicas importantes a serem seguidas. A primeira delas é comprar o ingresso com antecedência, pois há um limite diário de visitantes e a procura é grande. O ingresso custa cerca de 20 dólares e dá direito a entrar na pirâmide e visitar as três câmaras. Há também a opção de comprar um ingresso mais barato, que permite apenas ver a pirâmide por fora.
A segunda dica é ir preparado para enfrentar o calor, a poeira e os vendedores ambulantes que cercam o local. É recomendável levar água, protetor solar, chapéu e roupas leves e confortáveis. Também é preciso ter paciência e firmeza para lidar com os vendedores, que oferecem de tudo, desde camelos até souvenirs. Uma boa forma de evitar aborrecimentos é contratar um guia credenciado, que pode explicar melhor a história e a cultura do lugar.
A terceira dica é respeitar as regras e os limites impostos pela administração do monumento. É proibido tirar fotos ou filmar dentro da pirâmide, assim como tocar nas paredes ou nos sarcófagos. Também é preciso ter cuidado ao caminhar pelos corredores estreitos e escuros, que podem ser claustrofóbicos e escorregadios. Além disso, é preciso ter consciência de que se está visitando um lugar sagrado e histórico, que merece ser preservado e admirado.
A Grande Pirâmide de Gizé é um dos monumentos mais fascinantes do mundo, que revela muito sobre a civilização egípcia antiga e sua visão de mundo. Visitar esse lugar é uma experiência única e inesquecível, que nos faz viajar no tempo e no espaço. Uma maravilha da arquitetura egípcia antiga e um testemunho da civilização faraônica.
4. Acrópole de Atenas
A Acrópole de Atenas é uma colina rochosa de topo plano que se ergue 150 metros acima do nível do mar, no centro da cidade. O nome significa “cidade alta”, em grego, e indica a função original do local: uma fortaleza militar e política. Mas a Acrópole também era um santuário religioso, dedicado à deusa Atena, padroeira da cidade.
A construção da Acrópole começou no século VI a.C., mas foi no século V a.C., sob o governo do estadista Péricles, que ela alcançou o seu ápice. Nessa época, foram erguidos os principais edifícios que hoje admiramos, como o Partenon, o Erecteion, o Templo de Atena Nice e o Propileu. Essas obras são exemplos da arquitetura clássica grega, que influenciou muitas outras culturas ao longo dos séculos.
Além da beleza arquitetônica, a Acrópole também abriga obras de arte de valor inestimável, como as esculturas do Partenon, feitas pelo famoso escultor Fídias. Essas esculturas representam cenas da mitologia e da história grega, como o nascimento de Atena, a luta entre os deuses e os gigantes, e a procissão das Panateneias, a maior festa religiosa de Atenas.
Infelizmente, a Acrópole sofreu muitos danos ao longo dos séculos, por causa de guerras, incêndios, terremotos e saques. Muitas das suas esculturas foram levadas para outros países, como a Inglaterra e a França. Hoje, a Acrópole está sendo restaurada e preservada, para que possamos apreciar esse patrimônio da humanidade.
Visitar a Acrópole é uma experiência única e emocionante. É como viajar no tempo e entrar em contato com uma cultura que moldou o pensamento e a arte ocidentais. É também uma forma de homenagear os antigos gregos, que nos legaram um dos monumentos que relembram a história e inspira o futuro. Monumento que reflete a grandeza e o esplendor da civilização grega.
5. Muralha da China
A Muralha da China é uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno e um dos monumentos com destino mais procurados por viajantes que buscam conhecer a história, a cultura e a beleza da China.
A Muralha da China não é uma obra única, mas sim o resultado de várias construções feitas ao longo de mais de dois milênios por diferentes dinastias chinesas. A primeira muralha foi erguida no século VII a.C., durante o período dos Estados Combatentes, quando a China era dividida em vários reinos que lutavam entre si. Cada reino construiu sua própria muralha para se proteger dos ataques dos vizinhos e dos nômades das estepes da Eurásia, principalmente os mongóis.
Foi somente no século III a.C., com a unificação da China sob o comando do primeiro imperador Qin Shihuang, que as muralhas foram conectadas e ampliadas, formando a Grande Muralha. O objetivo de Qin Shihuang era consolidar o seu império e defender as fronteiras do norte contra as invasões bárbaras. Para isso, ele mobilizou milhões de trabalhadores, entre soldados, camponeses e prisioneiros, que sofreram com as duras condições de trabalho e com a repressão do governo. Estima-se que cerca de 300 mil desses trabalhadores morreram durante a construção.
A Grande Muralha foi reconstruída, reparada e melhorada ao longo das dinastias seguintes, especialmente durante as dinastias Han (206 a.C. – 220 d.C.) e Ming (1368 – 1644). Na dinastia Han, a muralha foi estendida para o oeste, alcançando o deserto de Gobi e o lago Lop Nor, e serviu também para regular o comércio da seda entre a China e o Ocidente. Na dinastia Ming, a muralha foi reforçada com pedra, tijolo, terra compactada e madeira, e ganhou torres de vigia, quartéis de tropas, estações de guarnição e sistemas de sinalização por meio de fumaça ou fogo.
A muralha perdeu sua função militar após a queda da dinastia Ming, em 1644, quando os manchus invadiram a China e fundaram a dinastia Qing. A partir de então, a muralha foi negligenciada e sofreu com o desgaste natural e com a depredação humana. Somente no século XX, com o aumento do interesse turístico e do reconhecimento histórico e cultural da muralha, é que foram feitos esforços para preservá-la e restaurá-la.
A Muralha da China é mais do que uma simples barreira física. Ela é um símbolo da identidade nacional chinesa, da resistência contra as adversidades, da criatividade humana e da riqueza cultural. Ela também é um testemunho da história da China e do mundo, pois reflete as mudanças políticas, sociais, econômicas e culturais que ocorreram ao longo dos séculos.
A Muralha da China foi declarada Patrimônio Mundial pela UNESCO em 1987, por seu valor universal excepcional. Ela é considerada uma das maiores realizações arquitetônicas da humanidade, pela sua extensão, complexidade e beleza. Ela tem cerca de 21 mil quilômetros de comprimento, 8 metros de altura e 4 metros de largura. Ela atravessa vales e montanhas em 11 províncias chinesas e duas regiões autônomas.
Este vasto sistema de muralhas defensivas construído ao longo de várias dinastias chinesas reflete a necessidade de proteger o império contra invasões.