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Explorar santuários sagrados ao redor do mundo oferece uma perspectiva única das diferentes tradições espirituais e arquitetônicas. Aqui estão sete santuários sagrados notáveis:
1. Meiji Jingu, Japão
O Japão é um país rico em cultura, história e tradições. Entre as suas muitas atrações, os santuários xintoístas se destacam pela sua beleza, simbolismo e espiritualidade. Um dos mais famosos e visitados é o Meiji Jingu, localizado no coração de Tóquio, a capital do país.
O Meiji Jingu foi construído em 1920, em homenagem ao imperador Meiji e à sua esposa, a imperatriz Shoken. Eles foram os responsáveis pela modernização do Japão, após a abertura do país ao ocidente, no século XIX. O santuário é um símbolo da harmonia entre a tradição e a inovação, entre o sagrado e o profano, entre a natureza e a cidade.
O santuário é cercado por um vasto parque florestal, que abriga mais de 100 mil árvores de diferentes espécies, doadas por pessoas de todo o Japão e do mundo. Ao entrar no santuário, o visitante se sente em um oásis de paz e tranquilidade, longe do barulho e da agitação da metrópole. O caminho até o santuário é marcado por dois enormes torii, portões que marcam a entrada no espaço sagrado.
O santuário principal é composto por vários edifícios de madeira, com telhados de cobre verde, que contrastam com o branco das paredes. O estilo arquitetônico é simples e elegante, sem adornos excessivos. O santuário é um lugar de oração e devoção, onde os fiéis podem fazer oferendas, escrever pedidos em placas de madeira, purificar-se com água e participar de cerimônias e festivais.
O Meiji Jingu é um santuário que reflete a essência do Japão, um país que soube preservar a sua identidade, ao mesmo tempo em que se abriu para o mundo. É um lugar que convida à reflexão, à admiração e ao respeito. É um lugar que vale a pena conhecer e vivenciar.
2. Templo de Wat Pho, Tailândia
A Tailândia é um país fascinante, cheio de belezas naturais, históricas e culturais. Um dos seus maiores atrativos é a sua rica religiosidade, que se manifesta em diversos templos budistas espalhados pelo território. Um dos mais importantes e visitados é o Templo de Wat Pho, localizado em Bangkok, a capital do país.
O Templo de Wat Pho é um dos mais antigos e maiores de Bangkok, ocupando uma área de 8 hectares. Ele foi construído no século XVIII, durante o reinado do rei Rama I, que transferiu a capital de Thonburi para Bangkok e mandou erguer o Grande Palácio ao lado do templo. O rei Rama III, no século XIX, foi o responsável por ampliar e restaurar o complexo, transformando-o em um centro de educação pública e de medicina tradicional tailandesa.
O templo é famoso por abrigar a maior coleção de imagens de Buda da Tailândia, cerca de 1.200, sendo que muitas delas foram trazidas de templos abandonados em Ayutthaya, a antiga capital do país, destruída pelos birmaneses. A mais impressionante dessas imagens é o Buda Reclinado, uma estátua de 46 metros de comprimento e 15 metros de altura, que representa o Buda entrando no nirvana, o estado de libertação do sofrimento. A estátua é coberta de folhas de ouro e tem os pés incrustados de madrepérolas, que mostram 108 símbolos auspiciosos do budismo.
O Buda Reclinado é a principal atração do templo, mas não a única. O complexo é formado por vários edifícios, salas, pátios, jardins, santuários e muralhas, que exibem uma arquitetura e uma decoração deslumbrantes. Há também diversas estupas, que são monumentos funerários que guardam as relíquias de Buda ou de monges iluminados, e que se destacam pela sua forma cônica e pelo seu brilho dourado.
O Templo de Wat Pho é também o berço da massagem tradicional tailandesa, que é uma técnica milenar de cura e relaxamento, baseada na estimulação de pontos de energia do corpo. O templo abriga uma escola de massagem, que ensina e pratica essa arte, e que é aberta aos visitantes que quiserem experimentar uma sessão. Além disso, o templo possui 60 placas de mármore, que ilustram os pontos de pressão e as posturas da massagem, e que são consideradas um tesouro nacional. É, sem dúvida, um dos santuários sagrados mais incríveis do mundo, e que merece ser conhecido por todos os amantes de viagens.
3. Catedral de Notre-Dame, França
A Catedral de Notre-Dame é uma das mais belas e emblemáticas igrejas do mundo. Localizada na ilha da Cité, no coração de Paris, ela é um símbolo da fé, da arte e da história da França.
A construção da Catedral de Notre-Dame começou no século XII, sob o reinado de Luís VII, e levou quase dois séculos para ser concluída. Ela foi erguida sobre as ruínas de uma antiga basílica romana, e incorporou elementos dos estilos românico e gótico. A catedral foi dedicada à Virgem Maria, daí o seu nome, que significa “Nossa Senhora” em francês.
Ao longo dos séculos, a Catedral de Notre-Dame testemunhou diversos acontecimentos históricos, como a coroação de Napoleão Bonaparte, a beatificação de Joana d’Arc, e a libertação de Paris na Segunda Guerra Mundial. O santuário também foi palco de obras literárias famosas, como o romance “O Corcunda de Notre-Dame”, de Victor Hugo, que ajudou a despertar o interesse pela preservação do monumento.
A Catedral de Notre-Dame é um exemplo notável da arquitetura gótica, que se caracteriza pelo uso de arcos ogivais, abóbadas nervuradas, vitrais coloridos e esculturas detalhadas. Um santuário de beleza arquitetônica e espiritualidade.
A Catedral de Notre-Dame é um dos pontos turísticos mais visitados de Paris, e um dos mais importantes do mundo. Ela é um patrimônio da humanidade, reconhecido pela UNESCO, e um lugar de culto, que realiza missas e cerimônias religiosas regularmente. Ela é aberta ao público todos os dias, das 8h às 18h45, e a entrada é gratuita. No entanto, é preciso reservar um horário pela internet, devido às medidas de segurança e de prevenção da Covid-19.
A Catedral de Notre-Dame é um lugar que encanta e emociona os seus visitantes, pela sua beleza, pela sua história e pela sua espiritualidade. Ela é um tesouro da humanidade, que merece ser preservado e admirado. Ela é um dos santuários sagrados ao redor do mundo, que nos convidam a conhecer mais sobre a nossa cultura, a nossa fé e a nossa identidade.
4. Templo de Borobudur, Indonésia
Você já imaginou visitar um templo budista que é considerado o maior do mundo e um dos mais importantes monumentos da humanidade? Se você é um apaixonado por viagens, cultura e espiritualidade, você precisa conhecer o Templo de Borobudur, na Indonésia.
O Templo de Borobudur é uma obra-prima da arquitetura e da arte, construído entre os séculos VIII e IX, na ilha de Java, pelo rei Sailendra. O templo é formado por nove plataformas circulares, decoradas com mais de 2 mil painéis de relevo e 504 estátuas de Buda. No topo, há 72 estupas, que são estruturas em forma de sino que abrigam imagens de Buda em diferentes posições.
O templo é um símbolo do budismo maaiana, uma vertente que acredita na salvação de todos os seres através da compaixão e da sabedoria. O templo representa a jornada espiritual do ser humano, desde o mundo dos desejos até o estado de iluminação. Por isso, o templo é um lugar de peregrinação e meditação para os budistas, especialmente na época do Vesak, que celebra o nascimento, a morte e o nirvana de Buda.
Mas o templo não é apenas um lugar sagrado para os budistas. Ele também é um patrimônio mundial da UNESCO e uma das principais atrações turísticas da Indonésia. Milhares de visitantes de todo o mundo vêm admirar a beleza e a história desse santuário, que foi redescoberto no século XIX, após séculos de abandono e deterioração causados por erupções vulcânicas, terremotos e invasões.
O Templo de Borobudur é um lugar que eu recomendo a todos que gostam de viajar e de conhecer novas culturas e religiões. É um lugar que nos ensina sobre a história, a arte e a espiritualidade de um povo, e que nos inspira a buscar o nosso próprio crescimento interior. É um lugar que vale a pena conhecer, e que certamente vai ficar na sua memória e no seu coração.
5. Monte Sinai, Egito
O Monte Sinai é uma montanha localizada na península do Sinai, no Egito, que tem uma grande importância religiosa para as três principais religiões abraâmicas: judaísmo, cristianismo e islamismo. Segundo a tradição, foi neste lugar que Moisés recebeu os Dez Mandamentos de Deus, após libertar os israelitas da escravidão no Egito.
O Monte Sinai é um destino popular para os peregrinos e os turistas que querem conhecer mais sobre a história e a cultura desta região. Além de admirar a paisagem desértica e as formações rochosas, os visitantes podem explorar os diversos locais sagrados que se encontram ao redor da montanha, como o Mosteiro de Santa Catarina, a Capela da Sarça Ardente, a Rocha de Moisés e a Caverna de Elias.
Para chegar ao topo do Monte Sinai, é preciso fazer uma caminhada de cerca de três horas, que pode ser feita de dia ou de noite. Muitos preferem subir à noite, para assistir ao nascer do sol no cume, que oferece uma vista espetacular da região. A caminhada é desafiadora, mas recompensadora, pois permite uma experiência de conexão com a natureza e com a espiritualidade.
Se você está procurando um destino que combine aventura, cultura e religião, o Monte Sinai é uma ótima opção. Você vai se surpreender com as maravilhas que este lugar tem a oferecer, e vai voltar com uma nova perspectiva sobre o mundo.
6. Templo de Golden Temple, Índia
Você já imaginou visitar um templo que brilha como ouro e reflete a sua beleza nas águas de um lago sagrado? Esse é o Templo de Golden Temple, ou Harmandir Sahib, o principal lugar de culto dos siques, uma religião que surgiu na Índia no século XV.
O Templo de Golden Temple foi construído no século XVI pelo quarto guru sique, Guru Ram Das, que escavou um tanque artificial chamado Amritsar, que significa “Piscina do Néctar da Imortalidade”. No centro desse tanque, ele ergueu um santuário para abrigar o livro sagrado dos siques, o Guru Granth Sahib, que contém os ensinamentos dos gurus e de outros santos,. O templo foi concluído pelo quinto guru, Guru Arjan, que o chamou de Harmandir Sahib, que significa “Casa de Deus” .
O Templo de Golden Temple é uma obra-prima da arquitetura, que combina elementos de diferentes estilos e tradições. O templo tem uma planta quadrada, com quatro entradas, uma em cada lado, que simbolizam a abertura e a igualdade dos siques, que aceitam pessoas de todas as religiões e origens . O templo é acessado por uma ponte que atravessa o lago sagrado, onde os peregrinos se banham para purificar os seus pecados. O templo é decorado com motivos florais, geométricos e caligráficos, que refletem a influência islâmica, hindu e budista. O templo é coberto por uma cúpula dourada, que representa a soberania de Deus, e por quatro torres menores, que representam os quatro cantos do mundo .
O templo é cercado por um complexo de edifícios que servem a diferentes funções religiosas e sociais. Um deles é o Akal Takht, o centro de autoridade religiosa do siquismo, onde são tomadas as decisões importantes para a comunidade sique . Outro é o Museu, que exibe objetos históricos e artísticos relacionados ao siquismo.
O Templo de Golden Temple é um lugar de grande espiritualidade, onde os siques e os visitantes de outras religiões podem meditar, orar e se conectar com Deus. O templo é o lar do Guru Granth Sahib, o livro sagrado dos siques, que é tratado com o máximo respeito e reverência. O livro é colocado no templo todas as manhãs e retirado todas as noites, em uma cerimônia solene chamada Prakash e Sukhasan . O livro é lido continuamente por sacerdotes e voluntários, que recitam os seus versos em voz alta, criando uma atmosfera de devoção e paz.
O Templo de Golden Temple é um santuário que transmite uma sensação de harmonia, beleza e transcendência. É um lugar que inspira os visitantes a conhecer mais sobre a cultura e a religião sique, que é baseada nos valores de amor, justiça e serviço.
7. Cidade Proibida, China
A China é um país de grande diversidade cultural, histórica e religiosa. Entre as suas inúmeras atrações, uma se destaca pela sua magnitude, beleza e significado: a Cidade Proibida. Localizada no centro da antiga Pequim, essa imponente construção foi o palácio imperial da China por mais de 500 anos, desde a dinastia Ming até o fim da dinastia Qing. Hoje, ela abriga o Palácio Museu, que exibe uma vasta coleção de artefatos e obras de arte da cultura chinesa.
A Cidade Proibida foi o centro do poder e da cultura da China por mais de cinco séculos, testemunhando a glória e a decadência de 24 imperadores e duas dinastias. Nela, ocorreram eventos históricos, como rebeliões, intrigas, conspirações, assassinatos, romances, traições e revoluções, que moldaram o destino da nação. A Cidade Proibida também foi o berço de inúmeras manifestações artísticas, literárias, científicas e filosóficas, que influenciaram a civilização chinesa e mundial.
A Cidade Proibida deixou de ser a residência imperial em 1912, com a queda da dinastia Qing e a proclamação da República da China. O último imperador, Puyi, foi expulso do palácio em 1924, e a Cidade Proibida foi transformada em museu em 1925. Desde então, ela sofreu com a invasão japonesa, a guerra civil, a revolução comunista e a revolução cultural, que causaram danos e saques ao seu patrimônio. Somente a partir de 1950, iniciou-se um trabalho de restauração e conservação da Cidade Proibida, que continua até hoje.
Em 1987, a Cidade Proibida foi declarada Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO, por ser a maior e mais bem preservada coleção de estruturas antigas de madeira do mundo, e por representar a essência da arquitetura e da cultura chinesa, um verdadeiro santuário aberto para sociedade. Atualmente, a Cidade Proibida recebe mais de 15 milhões de visitantes por ano, que se encantam com a sua grandiosidade, beleza e significado.
Cada um desses santuários oferece uma perspectiva única sobre a espiritualidade, arquitetura e tradições culturais associadas a diferentes partes do mundo.