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Os terremotos são fenômenos naturais que ocorrem quando há um movimento brusco das placas tectônicas que formam a crosta terrestre. Eles podem causar grandes estragos, como destruição de edifícios, pontes, estradas e até mesmo vidas humanas. Alguns países estão mais expostos a esse risco do que outros, devido à sua localização geográfica e à sua atividade sísmica. Neste artigo, vamos conhecer os 5 países com mais incidência de terremotos no mundo e algumas curiosidades sobre eles.
Japão
O Japão é um país fascinante, com uma cultura milenar, uma gastronomia deliciosa e uma natureza exuberante. Mas também é um país que enfrenta constantemente o risco de terremotos, tsunamis e acidentes nucleares. Como é viver nesse cenário de instabilidade e como os japoneses se preparam para lidar com esses desastres naturais?
O Japão está localizado no chamado Anel de Fogo do Pacífico, uma região onde se encontram várias placas tectônicas, que são as camadas da crosta terrestre que se movem sobre o manto, a camada mais profunda da Terra. Essas placas se chocam, se afastam ou se deslizam umas sobre as outras, causando tensões e deformações na superfície. Quando essas tensões se acumulam e se liberam, ocorrem os terremotos.
No caso do Japão, há três placas principais que se encontram: a do Pacífico, a Eurasiana e a das Filipinas. A placa do Pacífico está submergindo sob a placa Eurasiana, enquanto a placa das Filipinas está submergindo sob a placa do Pacífico. Esses movimentos geram uma grande instabilidade tectônica na região, que resulta em terremotos de alta magnitude, com até 9 graus na escala Richter.
O Japão registra cerca de 1.500 terremotos por ano, sendo que a maioria deles são de baixa intensidade e não causam danos significativos. No entanto, alguns terremotos foram históricos e deixaram marcas profundas no país. Entre eles, podemos citar:
O Grande Terremoto de Kanto, em 1923, que atingiu a região de Tóquio com uma magnitude de 7,9 graus e provocou um incêndio que devastou a cidade. Estima-se que mais de 140 mil pessoas morreram nesse desastre.
O Grande Terremoto de Hanshin-Awaji, em 1995, que atingiu a região de Kobe com uma magnitude de 7,3 graus e durou apenas segundos. Mesmo assim, causou a morte de mais de 6 mil pessoas e feriu outras 40 mil. Além disso, danificou cerca de 100 mil edifícios e deixou mais de 300 mil desabrigados.
O Grande Terremoto do Leste do Japão, em 2011, que atingiu a região de Tohoku com uma magnitude de 9 graus, o maior já registrado no país. Esse terremoto gerou um tsunami gigante que invadiu a costa nordeste do Japão e causou o acidente nuclear de Fukushima, o pior desde Chernobyl. Mais de 18 mil pessoas morreram ou desapareceram nessa tragédia, e mais de 160 mil tiveram que ser evacuadas da área afetada pela radiação.
Apesar dos riscos, os japoneses não deixam de viver normalmente e aproveitar as belezas e as oportunidades do seu país. Eles desenvolveram diversas estratégias para se prevenir e se recuperar dos terremotos, tais como:
Construir edifícios resistentes: os japoneses usam tecnologias avançadas para construir edifícios que possam suportar os tremores sem desabar ou rachar. Eles usam materiais flexíveis, amortecedores, isoladores e estruturas reforçadas para garantir a segurança das construções.
Educar a população: os japoneses recebem desde cedo instruções sobre como agir em caso de terremoto. Eles aprendem a se abrigar em locais seguros, a se afastar de janelas e objetos que possam cair, a usar capacetes e luvas, a ter kits de emergência e a seguir as orientações das autoridades. Eles também participam de simulados e treinamentos periódicos para se preparar para situações reais.
Monitorar os tremores: os japoneses contam com uma rede de sensores e satélites que detectam os movimentos das placas tectônicas e emitem alertas antecipados de terremotos e tsunamis. Esses alertas são transmitidos por rádio, televisão, internet e celular, e permitem que as pessoas tenham tempo para se proteger ou evacuar as áreas de risco.
Apoiar as vítimas: os japoneses demonstram solidariedade e resiliência diante dos desastres naturais. Eles se mobilizam para ajudar as vítimas com doações, voluntariado, assistência médica e psicológica, reconstrução e recuperação das áreas afetadas.
O Japão é um país que convive com os terremotos, mas não se deixa abater por eles. Ele é um país que se adapta, se previne e se recupera dos desastres naturais com eficiência e coragem. Ele é um país que tem muito a oferecer aos seus visitantes, que podem se encantar com sua cultura, sua gastronomia, sua natureza e sua tecnologia. O Japão é um país que merece ser conhecido e admirado.
Indonésia
A Indonésia é um país fascinante, com uma cultura rica, uma natureza exuberante e uma história milenar. É formada por mais de 17 mil ilhas, que abrigam cerca de 270 milhões de pessoas de diferentes etnias, religiões e línguas. É o maior país muçulmano do mundo e o quarto mais populoso. É também um dos principais destinos turísticos da Ásia, atraindo visitantes de todo o mundo que buscam conhecer suas praias paradisíacas, seus vulcões majestosos, seus templos ancestrais e sua gastronomia variada.
Mas a Indonésia também é um país de risco. Por estar localizada no chamado “Anel de Fogo”, um arco de vulcões e falhas geológicas na Bacia do Pacífico, a Indonésia é frequentemente atingida por terremotos, erupções vulcânicas e tsunamis.
Esses fenômenos naturais podem causar mortes, ferimentos, desabrigados e danos à infraestrutura urbana e rural. Segundo o Centro de Pesquisa Geológica dos Estados Unidos (USGS), a Indonésia é o país com mais terremotos registrados no mundo desde 1900, com mais de 11 mil eventos sísmicos.
Entre os terremotos mais letais registrados na Indonésia está o devastador tremor de magnitude 9,1, de 2004, que sacudiu a costa de Sumatra e provocou um tsunami que matou 220 mil pessoas em toda a região, incluindo cerca de 170 mil na Indonésia. Esse foi o terceiro maior terremoto da história e o mais mortal tsunami já registrado. O tsunami atingiu vários países do Oceano Índico, como Tailândia, Sri Lanka, Índia e Maldivas, causando uma tragédia humanitária sem precedentes.
Outro terremoto catastrófico ocorreu em 2018, na ilha de Sulawesi. O tremor de magnitude 7,5 foi seguido por um tsunami que devastou a cidade de Palu e arredores. Mais de 4 mil pessoas morreram e cerca de 200 mil ficaram desabrigadas. O terremoto também causou liquefação do solo em alguns bairros, fazendo com que casas inteiras afundassem ou fossem arrastadas pela lama.
Em 2022, um terremoto de magnitude 5,6 atingiu Java Ocidental, deixando ao menos 268 pessoas mortas e outras 377 feridas. O epicentro foi em Cianjur, a cerca de 110 km da capital Jacarta. O tremor foi fortemente sentido na área metropolitana de Jacarta, que tem centenas de prédios comerciais.
Muitos edifícios de Cianjur ficaram parcial ou completamente destruídos, incluindo um hospital e uma escola islâmica. Houve também muitos feridos por conta das réplicas, que chegaram a 25 em apenas duas horas após o tremor principal.
Diante desse cenário, é importante que os moradores e os visitantes da Indonésia estejam preparados e protegidos dos terremotos. Algumas medidas que podem ser tomadas são:
– Ter um kit de emergência com água, comida, medicamentos, lanterna, rádio, documentos e dinheiro. Conhecer as rotas de evacuação e os pontos de encontro mais próximos.
– Se estiver dentro de um prédio, procurar um lugar seguro, como debaixo de uma mesa ou de uma viga, e se agachar, se cobrir e se segurar. Não sair do prédio até que o tremor pare completamente.
– Se estiver fora de um prédio, procurar um lugar aberto e longe de postes, fios, árvores e construções que possam cair ou desabar. Não entrar em nenhum prédio danificado ou com risco de desabamento.
– Se estiver na praia ou perto do mar, ficar atento aos sinais de tsunami, como recuo anormal da água ou ruído forte. Seguir as orientações das autoridades locais e se dirigir imediatamente para um lugar alto e seguro.
Apesar dos riscos, a Indonésia continua sendo um país encantador e surpreendente. Sua diversidade cultural, natural e histórica faz com que cada viagem seja uma experiência única e inesquecível.
A Indonésia é um país que vale a pena conhecer, mas também requer cuidado e precaução. É preciso estar ciente dos riscos naturais que podem ocorrer a qualquer momento e saber como agir em caso de emergência. Assim, é possível aproveitar ao máximo as belezas e as riquezas desse país incrível.
Índia
A Índia é um país fascinante, cheio de diversidade cultural, religiosa, histórica e natural. É o segundo país mais populoso do mundo, com mais de 1,3 bilhão de habitantes, e o sétimo maior em área, com cerca de 3,3 milhões de quilômetros quadrados. É também um dos países mais antigos do mundo, com uma civilização que remonta a mais de 5 mil anos.
Mas a Índia não é apenas um país de riquezas e belezas. É também um país de desafios e riscos. Um desses riscos é o dos terremotos, que afetam grande parte do território indiano e causam mortes, ferimentos e danos materiais.
A Índia está localizada sobre a placa tectônica indiana, que se move em direção à placa euroasiática a uma velocidade de cerca de 5 centímetros por ano. Esse movimento provoca o choque entre as duas placas, gerando tensões e deformações na crosta terrestre. Essas tensões se acumulam até que se rompem em forma de terremotos.
A maior parte da Índia está situada na zona sísmica III, que tem uma intensidade sísmica moderada. No entanto, algumas regiões estão na zona sísmica IV ou V, que têm uma intensidade sísmica alta ou muito alta. Essas regiões são:
O norte da Índia, especialmente os estados de Jammu e Caxemira, Himachal Pradesh, Uttarakhand, Sikkim e Arunachal Pradesh. Esses estados fazem parte da cordilheira do Himalaia, que é o resultado da colisão entre as placas indiana e euroasiática. Essa região é a mais vulnerável a terremotos na Índia, e já foi palco de alguns dos maiores sismos do país, como o de Caxemira em 2005 (magnitude 7,6), que matou mais de 80 mil pessoas.
O nordeste da Índia, especialmente os estados de Assam, Meghalaya, Manipur, Mizoram, Nagaland e Tripura. Esses estados estão localizados na região do arco Shillong, que é uma falha geológica que separa a placa indiana da placa birmanesa. Essa região também é muito propensa a terremotos, como o de Assam em 1950 (magnitude 8,6), que foi o maior terremoto registrado na Índia e um dos maiores do mundo.
O oeste da Índia, especialmente os estados de Gujarat e Maharashtra. Esses estados estão localizados na região do rift do Narmada-Son, que é uma zona de fratura que se estende desde o centro da Índia até o mar da Arábia. Essa região também tem uma alta atividade sísmica, como o de Gujarat em 2001 (magnitude 7,7), que matou mais de 20 mil pessoas.
Apesar dos avanços científicos e tecnológicos, ainda não é possível prever com precisão quando e onde ocorrerá um terremoto. Por isso, é importante estar preparado para enfrentar essa situação em qualquer momento, dessa forma conheça a zona sísmica em que se vive ou se visita na Índia e esteja atento aos alertas das autoridades.
Turquia
A Turquia é um país que oferece muitas atrações para os viajantes que buscam conhecer novas culturas, paisagens e sabores. Localizado entre a Europa e a Ásia, o país tem uma história milenar, uma rica diversidade étnica e religiosa, uma gastronomia deliciosa e uma natureza exuberante. Mas a Turquia também é um país que está sujeito a frequentes terremotos, devido à sua posição geográfica em uma das zonas mais ativas do mundo em termos de movimentos tectônicos.
A Turquia está localizada sobre a placa da Anatólia, que fica entre duas placas principais – a Euroasiática e a Africana – e outra menor, a Arábica. No caso da Turquia, à medida que as duas placas principais onde o país está situado se deslocam, o país é basicamente espremido, gerando os abalos. O terremoto mais recente ocorreu em 6 de fevereiro de 2023, com magnitude de 7,8 na escala Richter, e foi o mais forte desde 19392. O tremor causou mais de 3 mil mortes na Turquia e na Síria, além de danos materiais enormes.
Os terremotos são uma realidade na vida dos turcos há séculos. A história do país registra vários eventos sísmicos devastadores, como o que atingiu a região em 1999, com magnitude de 7,6 e mais de 17 mil mortes. Por isso, os turcos desenvolveram formas de se adaptar e se prevenir dos riscos dos terremotos.
Apesar dos terremotos serem um fator de preocupação para os turcos e para os visitantes, eles não devem impedir que as pessoas conheçam esse país maravilhoso. A Turquia tem muito a oferecer aos viajantes que se aventuram por suas terras.
Chile
O Chile é um país fascinante, com uma diversidade geográfica e cultural impressionante. Desde o deserto mais árido do mundo, o Atacama, até os glaciares e fiordes da Patagônia, passando pelas vinícolas e cidades históricas do centro, o Chile oferece atrações para todos os gostos e estilos de viajantes.
Mas o Chile também é um país que vive sob a constante ameaça dos terremotos, fenômenos naturais que causam medo e destruição. Por que há tantos terremotos no Chile? Como os chilenos lidam com essa realidade? E como os turistas podem se preparar para visitar esse país tão sismicamente ativo?
Os terremotos no Chile têm uma explicação geológica: o país se situa em uma zona de convergência entre duas placas tectônicas, a de Nazca e a Sul-Americana. Essas placas estão em movimento constante, mas em alguns pontos elas se atritam e se empurram, gerando tensão e energia. Quando essa energia se libera de forma repentina, ocorre um terremoto.
O Chile é o país que registra os maiores terremotos da história da humanidade. Em 1960, na cidade de Valdívia, ocorreu um terremoto de magnitude 9,6 na escala Richter, o mais potente já registrado. Esse terremoto provocou um tsunami que atingiu vários países do Pacífico, além de causar deslizamentos de terra e erupções vulcânicas.
Os chilenos sabem que vivem em um país propenso a terremotos e que a qualquer momento podem enfrentar um novo abalo sísmico. Por isso, eles desenvolveram uma série de medidas preventivas e educativas para minimizar os riscos e os danos causados pelos tremores.
Os turistas que planejam visitar o Chile devem estar cientes da possibilidade de enfrentar um terremoto durante a sua viagem. Embora seja impossível prever quando e onde ocorrerá um tremor, é possível tomar algumas precauções para evitar ou reduzir os problemas.
Apesar dos terremotos, o Chile é um país que vale a pena ser visitado. A sua natureza exuberante, a sua cultura rica e a sua gente acolhedora fazem do Chile um destino imperdível para os amantes de viagens. Além disso, os terremotos também fazem parte da identidade e da história do país, e podem ser vistos como uma oportunidade de aprendizado e de resiliência.
O Chile é um país que treme, mas não se abala. É um país que se reconstrói e se renova a cada desafio. É um país que encanta e surpreende a cada visita.