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Lisboa é uma cidade encantadora, cheia de história, cultura e beleza. Há muito o que fazer e ver na capital portuguesa, mas se você quer ter uma ideia das experiências mais típicas e inesquecíveis, aqui estão algumas sugestões:
1. Jantar numa casa de fados
O fado é a expressão musical da alma portuguesa, um canto que fala de saudade, amor, tristeza e esperança. E não há melhor forma de apreciar o fado do que jantar numa casa de fado em Lisboa, onde se pode saborear os pratos típicos da cozinha portuguesa enquanto se ouve a voz emocionante dos fadistas.
O fado é um estilo musical que nasceu em Lisboa no século XVIII, nas zonas mais populares da cidade, como Alfama, Mouraria e Bairro Alto. O fado era cantado nas tabernas, nos bordéis e nas ruas pelos marinheiros, prostitutas, mendigos e criminosos, que expressavam as suas mágoas, angústias e desejos através da música.
O fado é caracterizado pela sua melodia melancólica e pela sua letra poética, que geralmente aborda temas como o destino, a saudade, o ciúme, a solidão e a morte. O fado é acompanhado por uma guitarra portuguesa, que tem 12 cordas e um som agudo e metálico, e por uma viola, que tem 6 cordas e um som mais grave e harmonioso.
O fado tem duas variantes principais: o fado de Lisboa e o fado de Coimbra. O fado de Lisboa é o mais antigo e tradicional, e é cantado tanto por homens como por mulheres. O fado de Coimbra é mais recente e académico, e é cantado apenas por homens, geralmente estudantes universitários vestidos com capas negras.
O fado foi reconhecido pela UNESCO como Património Cultural Imaterial da Humanidade em 2011, como uma forma de expressão artística única e identitária do povo português.
Lisboa tem muitas casas de fado espalhadas pelos seus bairros mais típicos, onde se pode jantar enquanto se assiste a um espetáculo de fado ao vivo. As casas de fado são restaurantes que oferecem uma ementa variada de pratos da gastronomia portuguesa, como bacalhau, polvo, bife, sopa de peixe, queijo, presunto e doces conventuais. Os preços variam conforme a qualidade da comida, do serviço e do ambiente, mas geralmente rondam os 40€ a 50€ por pessoa.
As casas de fado funcionam normalmente das 20h às 24h, mas convém fazer reserva com antecedência para garantir lugar. O espetáculo de fado começa por volta das 21h30 e dura cerca de duas horas. Durante o espetáculo, deve-se manter silêncio absoluto para respeitar os artistas e apreciar a música. O espetáculo é composto por vários fadistas que se alternam no palco, acompanhados pelos músicos. Cada fadista canta cerca de três ou quatro fados por sessão.
2. Ir aos pastéis de Belém
Os pastéis de Belém são uns pastelinhos de massa folhada e creme, que se comem quentes e polvilhados com açúcar e canela. Eles têm uma origem curiosa: foram criados em 1837 por monges do Mosteiro dos Jerônimos, em Belém, que usavam as gemas que sobravam da clarificação do vinho para fazer os doces. A receita era um segredo bem guardado, que só era conhecido por algumas pessoas. Até hoje, a receita original é mantida em sigilo e só é usada na confeitaria Pastéis de Belém, que fica ao lado do mosteiro.
A Pastéis de Belém é o lugar mais tradicional e famoso para provar esses pastelinhos, que são feitos na hora e saem do forno quentinhos e crocantes. A confeitaria existe há mais de 100 anos e recebe milhares de visitantes todos os dias, que fazem fila para saborear essa iguaria. O ambiente é aconchegante e histórico, com azulejos portugueses nas paredes e um salão amplo com várias mesas. O atendimento é rápido e simpático, e os preços são acessíveis.
Eu recomendo que você chegue cedo para evitar as filas mais longas, ou então que faça o seu pedido para levar e coma os pastéis em algum lugar próximo, como o Jardim Botânico Tropical ou o Padrão dos Descobrimentos. Você também pode aproveitar para visitar outras atrações turísticas de Belém, como o Mosteiro dos Jerônimos, a Torre de Belém ou o Museu Nacional dos Coches. Belém é um bairro cheio de história e charme, que vale a pena explorar.
Os pastéis de Belém são mais do que um simples doce; são uma parte da cultura portuguesa que merece ser apreciada. Ao provar essa delícia, você estará vivenciando um pedaço da rica história gastronômica de Portugal. Por isso, não deixe de incluir essa experiência na sua viagem a Lisboa. Você vai se surpreender com o sabor e a textura desses pastelinhos, que são uma verdadeira explosão de prazer em cada mordida.
3. Visitar o Castelo de São Jorge
Uma das suas atrações mais emblemáticas de Lisboa é o Castelo de São Jorge, que se ergue sobre a colina mais alta do centro histórico, oferecendo uma vista deslumbrante sobre a cidade e o rio Tejo.
O Castelo de São Jorge é um monumento nacional que remonta ao século II a.C., quando foi construído pelos visigodos. Ao longo dos séculos, foi ampliado e remodelado por vários povos, como os árabes, os cristãos e os reis portugueses. O seu nome atual deve-se à devoção a São Jorge, o santo padroeiro dos cavaleiros e das cruzadas, feita por ordem de D. João I no século XIV.
O castelo é composto por vários elementos arquitetônicos e históricos, como as muralhas, as torres, o paço real, as praças, as cercas, o núcleo arqueológico, o núcleo museológico e outras coleções. Além disso, conta com um belo jardim, onde se pode apreciar a natureza e observar os pavões que habitam o local.
Para visitar o Castelo de São Jorge, você pode comprar os bilhetes online ou na bilheteira do próprio castelo. O preço é de 10 euros para adultos, 5 euros para jovens entre 13 e 25 anos e gratuito para crianças até 12 anos. O horário de funcionamento é das 10h às 18h no inverno e das 9h às 21h no verão.
A visita ao castelo pode ser feita de forma livre ou guiada. Há visitas guiadas em português, inglês, francês e espanhol, que duram cerca de uma hora e meia e custam 3 euros por pessoa. As visitas guiadas permitem conhecer melhor a história e os detalhes do castelo, além de tirar dúvidas com os guias especializados.
Uma das partes mais interessantes da visita é subir às torres do castelo, especialmente à Torre de Ulisses, onde se encontra uma câmara escura que projeta imagens em tempo real da cidade de Lisboa. É uma forma diferente e divertida de ver a paisagem urbana e os seus principais monumentos.
Outra parte imperdível é o núcleo museológico, onde se pode ver uma exposição permanente de objetos encontrados nas escavações arqueológicas realizadas no castelo4. Há peças que datam desde o século VII a.C. até ao século XVIII d.C., que mostram a diversidade cultural e histórica do local.
4. Passear de elétrico pela cidade
Os elétricos, ou bondes, são um dos símbolos de Lisboa e fazem parte da sua identidade desde o final do século XIX. Eles são uma forma prática, divertida e ecológica de se deslocar pela cidade, além de oferecerem vistas panorâmicas e pitorescas dos seus principais pontos turísticos.
Existem cinco linhas de elétricos em Lisboa, mas a mais famosa e emblemática é a linha 28, que percorre cerca de 7 km entre o Martim Moniz e o Campo de Ourique. Neste trajeto, você pode admirar alguns dos monumentos mais importantes da cidade, como a Sé Catedral, o Castelo de São Jorge, a Basílica da Estrela e o Convento do Carmo. Você também pode descer em qualquer parada e explorar os bairros mais charmosos e autênticos de Lisboa, como a Alfama, a Graça, o Chiado e a Bairro Alto. Nestes locais, você pode apreciar a arquitetura, a gastronomia, o artesanato e o fado, a música tradicional portuguesa.
Outra linha de elétrico que vale a pena conhecer é a linha 15, que liga a Praça da Figueira à Belém. Este é um passeio ideal para quem quer visitar os monumentos relacionados aos Descobrimentos Portugueses, como o Mosteiro dos Jerónimos, a Torre de Belém e o Padrão dos Descobrimentos. Você também pode aproveitar para degustar os famosos pastéis de Belém, uma das iguarias mais típicas e deliciosas de Lisboa.
5. Oceanário de Lisboa
O Oceanário de Lisboa é um aquário público de referência em Portugal e internacionalmente. Foi inaugurado em 1998, como parte da Expo 98, a última exposição mundial do século XX, cujo tema foi “Os Oceanos, um Património para o Futuro”. Desde então, o Oceanário se tornou um símbolo da cidade e um dos locais mais visitados da Europa.
O Oceanário tem como missão sensibilizar as pessoas para a conservação dos oceanos e da biodiversidade marinha, através de exposições, atividades educativas e projetos de investigação e conservação. O seu lema é “O oceano é a nossa casa” e o seu objetivo é mostrar que todos somos responsáveis pelo equilíbrio e pela sustentabilidade do planeta.
O Oceanário de Lisboa tem duas exposições permanentes e uma exposição temporária, que mudam periodicamente. As exposições permanentes são:
O Aquário Central: é o coração do Oceanário e o maior tanque de água salgada da Europa, com 7 milhões de litros. Aqui você pode ver mais de 8000 criaturas marinhas de diferentes habitats dos oceanos Atlântico, Pacífico, Índico e Antártico, como tubarões, raias, atuns, pinguins, lontras-marinhas, peixes coloridos e muito mais. O aquário central tem quatro grandes janelas que permitem observar os animais de diferentes perspectivas e sentir-se imerso no oceano.
Os Mares Temperados e Tropicais: são quatro tanques menores que representam os ecossistemas costeiros dos oceanos temperados e tropicais. Aqui você pode ver espécies típicas dessas regiões, como cavalos-marinhos, anémonas, corais, estrelas-do-mar, ouriços-do-mar, polvos, lagostas e muitas outras. Cada tanque tem uma decoração temática que remete à cultura e à história dos países banhados por esses oceanos, como Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Japão, Indonésia e Austrália.
O Oceanário de Lisboa está aberto todos os dias das 10h às 20h (última entrada às 19h), exceto nos dias 24 e 31 de dezembro (das 10h às 19h) e nos dias 25 de dezembro e 1 de janeiro (das 11h às 20h)3. O preço do bilhete varia conforme a idade: 0-2 anos (grátis), 3-12 anos (15€), 13-64 anos (25€) e +65 anos (17€). Você pode comprar os bilhetes online no site oficial do Oceanário ou na bilheteria no local.
O Oceanário de Lisboa fica na Esplanada D. Carlos I, na Doca dos Olivais, no Parque das Nações. Você pode chegar ao Oceanário de carro (há estacionamento pago nas proximidades), de metro (linha vermelha, estação Oriente), de autocarro (linhas 5, 10, 19, 21, 28, 50, 68, 81, 82, 85), de comboio (estação Oriente) ou de barco (estação fluvial do Parque das Nações).
O Oceanário de Lisboa tem vários serviços e comodidades para os visitantes, como guarda-volumes, cadeiras de rodas, carrinhos de bebé, fraldário, cafetaria, restaurante e loja. O Oceanário também é acessível para pessoas com mobilidade reduzida e tem audioguias disponíveis em vários idiomas.
Além da visita às exposições, o Oceanário de Lisboa oferece outras atividades para os visitantes, como visitas guiadas, festas de aniversário, concertos para bebés, dormindo com os tubarões e programas de mergulho. Você pode consultar a agenda e as condições de participação no site oficial do Oceanário.
Visitar o Oceanário de Lisboa é uma experiência única e inesquecível para quem gosta de natureza e de animais. É uma oportunidade de conhecer a riqueza e a diversidade dos oceanos e de se sensibilizar para a sua conservação. É também uma forma de aprender sobre a biologia, a ecologia e a cultura dos diferentes habitats marinhos e das espécies que neles vivem.
O Oceanário de Lisboa é um lugar mágico e fascinante, onde você pode admirar a beleza e a harmonia dos oceanos e sentir-se parte deles. É um lugar que encanta crianças e adultos, que desperta a curiosidade e a imaginação, que diverte e educa. É um lugar que vale a pena visitar e revisitar.
6. Subir no Elevador de Santa Justa
O Elevador de Santa Justa é um sistema de transporte público que liga a Baixa ao Bairro Alto, duas das zonas mais emblemáticas da capital portuguesa. Ele foi construído no início do século XX, sob a gestão do engenheiro Raoul Mesnier du Ponsard, que era discípulo de Gustave Eiffel, o famoso criador da Torre Eiffel em Paris. Não é à toa que o elevador tem uma estrutura metálica com detalhes em estilo neogótico, que se destaca na paisagem urbana de Lisboa.
O elevador tem 45 metros de altura e duas cabines elegantes de madeira com acessórios de latão, que transportam os passageiros entre a rua do Ouro e o largo do Carmo. Mas o melhor está no topo da torre, onde há um miradouro com uma vista panorâmica incrível da cidade. De lá, você pode ver o Castelo de São Jorge, a Praça do Comércio, o rio Tejo e as ruínas da Igreja do Convento do Carmo, que foi destruída pelo terremoto de 1755.
Para subir no elevador, você pode comprar dois tipos de bilhetes: um que dá acesso apenas ao miradouro, por 1,50 euros, e outro que inclui a viagem de elevador até lá, por 5,30 euros. O elevador funciona todos os dias, das 7h30 às 23h de maio a outubro, e das 9h às 21h de novembro a abril. A bilheteira fica atrás da torre, na rua do Carmo.
Eu recomendo que você suba no elevador pelo menos uma vez na sua viagem, pois é uma experiência única e histórica. Além disso, você pode aproveitar para conhecer o Bairro Alto, um dos bairros mais animados e boêmios de Lisboa, cheio de bares, restaurantes e lojas alternativas. Ou então, você pode visitar o Convento do Carmo, um dos monumentos mais importantes da cidade, que abriga um museu arqueológico com peças desde a pré-história até o século XIX.
7. Festa dos Santos Populares e Marchas Populares
Se você gosta de cultura, tradição e diversão, não pode perder essa oportunidade de conhecer uma das festas mais animadas e coloridas de Portugal.
A Festa dos Santos Populares é uma celebração que acontece em todo o país no mês de junho, em homenagem aos santos padroeiros das cidades: Santo António, São João e São Pedro. Em Lisboa, a festa é dedicada a Santo António, o santo casamenteiro, que nasceu na cidade por volta de 1193. A festa começa no final de maio e dura todo o mês de junho, mas o ponto alto é na noite de 12 para 13 de junho, quando as ruas se enchem de gente, música e alegria.
Uma das principais atrações da festa são as marchas populares, um desfile que reúne representantes de vários bairros da cidade, que competem pela vitória anual. Cada bairro tem um tema, uma música e uma coreografia próprios, além de figurinos e cenários caprichados. As marchas desfilam pela Avenida da Liberdade, uma das principais vias da cidade, em direção ao Rossio, onde fica o palco principal. É um espetáculo de cores, ritmos e criatividade, que mostra a identidade e a história de cada bairro.
Mas a festa não se resume às marchas. Os bairros populares de Lisboa, como Alfama, Graça, Bica, Mouraria e Madragoa, também se transformam em verdadeiros arraiais, espaços ao ar livre onde as pessoas se reúnem para comer, beber e dançar. As ruas são decoradas com arcos, balões coloridos e manjericos, plantas aromáticas que são oferecidas como símbolo de amor ou amizade. As pessoas também costumam escrever quadras populares nos papéis que acompanham os manjericos, muitas vezes com mensagens românticas ou divertidas.
A comida típica da festa é a sardinha assada na brasa, servida com pão ou salada. Mas há também outras delícias, como caldo verde, bifanas, chouriço e pastéis de nata. Para beber, há vinho tinto ou verde, cerveja e sangria. E para animar a festa, há música ao vivo, desde o fado até o pop. As pessoas cantam e dançam pela noite dentro, sem se importar com o cansaço ou o calor.
A Festa dos Santos Populares é uma experiência única e inesquecível para quem visita Lisboa em junho. É uma oportunidade de conhecer a cultura e a tradição portuguesas, mas também de se divertir e se sentir parte da comunidade. Se você quer viver essa aventura, não perca tempo e reserve já o seu lugar no ibis Lisboa Centro Saldanha, um hotel confortável e bem localizado, que fica a apenas 15 minutos a pé da Avenida da Liberdade. Você vai adorar!