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Você já imaginou como seria se algumas das cidades mais famosas e visitadas do mundo desaparecessem debaixo d’água? Pois é, essa é uma possibilidade real que pode acontecer em menos de uma década, se as mudanças climáticas não forem controladas. O aquecimento global tem causado o derretimento das geleiras e o aumento do nível do mar, ameaçando a existência de muitas cidades costeiras ou localizadas em áreas de baixa altitude.
Não há evidências científicas ou projeções confiáveis que indiquem que cidades inteiras submergirão até 2030. No entanto, é verdade que o aumento do nível do mar devido às mudanças climáticas é uma preocupação global, e algumas cidades costeiras podem enfrentar problemas de inundação no futuro.
Aqui estão algumas cidades que podem enfrentar desafios relacionados ao aumento do nível do mar e à erosão costeira:
1. Miami
Miami é uma das cidades mais famosas e visitadas dos Estados Unidos, conhecida por suas praias, sua vida noturna, sua cultura latina e sua diversidade. Mas você sabia que Miami também é uma das cidades mais ameaçadas pelo aumento do nível do mar? Segundo os cientistas, Miami pode ficar parcial ou totalmente submersa até 2030, se nada for feito para conter as mudanças climáticas.
O que está causando esse problema? Existem vários fatores que contribuem para o risco de inundação em Miami. Um deles é a localização geográfica da cidade, que fica em uma planície costeira baixa e plana, cercada por água por três lados. Outro fator é a geologia do solo, que é composto por rochas calcárias porosas, que permitem que a água salgada penetre facilmente e contamine os lençóis freáticos. Além disso, Miami está sujeita a eventos climáticos extremos, como furacões, tempestades e marés altas, que podem causar danos à infraestrutura e à população.
2. Bangkok
Bangkok é a capital e a maior cidade da Tailândia, um país do Sudeste Asiático. Ela é conhecida por sua rica cultura, sua gastronomia deliciosa, seus templos budistas e seus mercados vibrantes. .
Mas Bangkok também é uma cidade que está em perigo. Ela foi construída sobre um solo argiloso e pantanoso, que está afundando cerca de 2 centímetros por ano. Além disso, o aquecimento global está causando o aumento do nível do mar, que pode subir até 2 metros até 2100, segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU. Isso significa que Bangkok pode ficar parcial ou totalmente submersa até 2030, se nada for feito para evitar esse cenário.
Os efeitos da submersão de Bangkok seriam devastadores para seus habitantes, sua economia, sua cultura e seu meio ambiente. Cerca de 10 milhões de pessoas vivem na cidade, que é responsável por 44,2% do PIB da Tailândia. Muitos monumentos históricos, como o Grande Palácio, o Templo do Buda de Esmeralda e o Templo de Wat Pho, poderiam ser perdidos para sempre. A biodiversidade da região, que abriga espécies únicas de plantas e animais, também seria afetada pela salinização da água e pela poluição.
Para tentar evitar esse destino, o governo tailandês e as autoridades locais têm tomado algumas medidas, como construir diques, bombear água subterrânea, restaurar manguezais e planejar o desenvolvimento urbano de forma sustentável. No entanto, essas ações podem não ser suficientes para conter a força da natureza, o aumento do nível do mar e as consequências das atividades humanas.
Por isso, se você tem vontade de conhecer Bangkok, não perca tempo. Essa cidade maravilhosa pode não estar mais aqui daqui a alguns anos. Mas lembre-se também de ser um viajante responsável, que respeita o meio ambiente e a cultura local.
3. Nova Orleans
Nova Orleans é uma das cidades mais antigas e charmosas dos Estados Unidos. Ela foi fundada em 1718 pelos franceses, que deixaram sua marca na arquitetura, na língua e na cultura da cidade. A cidade é conhecida como a “capital do jazz”, pois foi o berço de grandes músicos como Louis Armstrong, Fats Domino e Ray Charles. Além disso, a cidade tem uma culinária deliciosa, e não podemos esquecer do Mardi Gras, o famoso carnaval de rua que atrai milhares de turistas todos os anos.
Mas Nova Orleans também enfrenta sérios problemas ambientais, que podem colocar em risco sua existência. A cidade está localizada em uma região de baixa altitude, entre o rio Mississippi e o lago Pontchartrain. Essa área é formada por sedimentos depositados pelo rio ao longo de milhares de anos, que criaram um solo fértil, mas também instável e propenso a afundar.
Além disso, a cidade está cercada por pântanos, que funcionam como uma barreira natural contra as tempestades e as inundações, mas que estão sendo destruídos pela urbanização, pela poluição e pela exploração de petróleo e gás. Como resultado, a cidade está perdendo terreno para o mar, e ficando cada vez mais vulnerável aos efeitos das mudanças climáticas, como o aumento do nível do mar, o aquecimento global e a intensificação dos furacões.
Um exemplo trágico disso foi o furacão Katrina, que atingiu a cidade em 2005, causando mais de 1.800 mortes e deixando 80% da cidade debaixo d’água. O furacão rompeu os diques que protegiam a cidade, e expôs a fragilidade do sistema de defesa e de drenagem. Apesar dos esforços de reconstrução e de recuperação, a cidade ainda sofre com as consequências do desastre, e corre o risco de enfrentar situações semelhantes no futuro.
De acordo com um estudo da NASA de 2016, toda Nova Orleans pode estar submersa até o final do século, se nada for feito para reverter esse cenário. Outros estudos apontam que a cidade pode perder até 33 milhas de terra até 2040, incluindo várias cidades e o seu maior aeroporto. Isso significa que a cidade pode desaparecer do mapa em menos de 20 anos, levando consigo sua história, sua cultura e sua beleza.
Mas nem tudo está perdido. Existem iniciativas que buscam preservar e restaurar a cidade e o seu ecossistema, como o projeto Coastal Master Plan, que prevê a construção de novos diques, a restauração de pântanos e a criação de barreiras artificiais contra as inundações. Além disso, há organizações não governamentais, como a Coalition to Restore Coastal Louisiana, que promovem a conscientização e a participação da população na proteção do meio ambiente.
4. Cidade do Cabo
A Cidade do Cabo é uma das cidades mais bonitas e ecléticas da África do Sul, famosa pelo seu porto natural, pela montanha da Mesa e pela baía da Mesa, que são considerados marcos naturais e patrimônios da humanidade. A cidade é também a capital legislativa do país, onde o Parlamento Nacional e muitos escritórios do governo estão localizados.
No entanto, essa cidade maravilhosa está ameaçada pelas mudanças climáticas, que podem causar o aumento do nível do mar e a escassez de água nos próximos anos. Segundo um estudo da Universidade de Stanford, a Cidade do Cabo é uma das 20 cidades costeiras do mundo que podem submergir até 2030, se não houver ações para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. O estudo prevê que o nível do mar pode subir até 1,2 metro até o final do século, o que pode inundar áreas densamente povoadas e afetar milhões de pessoas
Além do risco de submersão, a Cidade do Cabo enfrenta também o problema da seca, que já levou a cidade à beira de um colapso hídrico em 2018. Naquele ano, a cidade viveu o que ficou conhecido como o “Dia Zero”, quando os reservatórios de água atingiram níveis críticos e a população teve que racionar o consumo de água para evitar o corte total do abastecimento.
Diante desse cenário, a Cidade do Cabo precisa se adaptar e se preparar para os desafios que as mudanças climáticas podem trazer. A cidade já tem algumas iniciativas para mitigar os impactos ambientais, como o uso de energias renováveis, a reciclagem de resíduos, a preservação da biodiversidade e a conscientização da população. No entanto, é preciso também que haja uma cooperação internacional e um compromisso dos governos e das empresas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e garantir a sustentabilidade do planeta.
5. Veneza
Veneza, a cidade dos canais, é uma das mais belas e encantadoras do mundo. Mas também é uma das mais ameaçadas pelo aquecimento global e pela elevação do nível do mar. Segundo alguns estudos, Veneza pode ficar completamente submersa até 2030, se nada for feito para protegê-la
Veneza é uma cidade única, formada por cerca de 118 ilhas ligadas por mais de 400 pontes e cortadas por 177 canais. Ela está localizada na Lagoa de Veneza, que se estende ao longo da costa entre as bocas dos rios Po e Piave. A cidade foi fundada no século V, por refugiados que fugiam das invasões bárbaras na península itálica
Veneza é, sem dúvida, uma cidade fascinante e encantadora, que merece ser visitada e admirada. Mas também é uma cidade frágil e vulnerável, que enfrenta sérios problemas ambientais e sociais. Um dos maiores problemas é a subida do nível do mar, que provoca inundações frequentes e danos aos edifícios e às obras de arte. Outro problema é a erosão do solo, causada pelo tráfego de barcos e pelo assoreamento dos canais. Um terceiro problema é a perda de população, que diminuiu de cerca de 175 mil habitantes em 1951 para cerca de 60 mil em 2019.
Para tentar salvar Veneza dessas ameaças, existem alguns projetos e iniciativas, tanto públicos quanto privados. Um dos mais importantes é o MOSE, um sistema de comportas móveis, que visa controlar o fluxo de água entre a lagoa e o mar, e evitar as inundações. O projeto começou em 2003 e deveria ter sido concluído em 2011, mas sofreu vários atrasos e escândalos de corrupção. Em outubro de 2020, o MOSE foi testado pela primeira vez, com sucesso, mas ainda não está totalmente operacional.
Outras medidas para proteger Veneza são a restauração e a conservação dos edifícios e das obras de arte, a limitação e a regulamentação do turismo de massa, a promoção e o incentivo da cultura e da economia local, a educação e a conscientização dos cidadãos e dos visitantes sobre a sustentabilidade e a responsabilidade ambiental. Além disso, existem várias organizações e fundações, nacionais e internacionais, que apoiam e financiam projetos de preservação e valorização de Veneza, como a UNESCO, a Save Venice, a Venice in Peril e a World Monuments Fund.
Veneza é uma cidade que precisa da nossa atenção e do nosso cuidado, para que não se perca o seu patrimônio histórico, artístico e cultural, que é de valor inestimável para a humanidade.
6. Tóquio
Tóquio é a capital e a maior cidade do Japão, com mais de 37 milhões de habitantes. É também uma das cidades mais modernas, vibrantes e cosmopolitas do mundo, com uma rica cultura, uma gastronomia deliciosa e uma variedade de atrações turísticas. Mas você sabia que Tóquio também está em risco de ficar submersa pelo aumento do nível do mar?
Segundo um estudo do Climate Central, uma organização de pesquisa climática, Tóquio pode perder até 25% de sua área até 2030 se o aquecimento global continuar no ritmo atual. Isso significa que cerca de 9 milhões de pessoas podem ser afetadas por inundações frequentes e severas, especialmente nas zonas costeiras e nas ilhas artificiais que foram construídas para expandir a cidade. Além disso, a infraestrutura, a economia e o patrimônio histórico de Tóquio podem ser seriamente danificados pela água salgada e pela erosão.
Mas o que está causando esse cenário alarmante? Existem vários fatores que contribuem para o aumento do nível do mar, como o derretimento das geleiras, a expansão térmica dos oceanos e a subsidência do solo. A subsidência é o processo de afundamento da superfície terrestre, que pode ser causado por causas naturais, como terremotos e vulcões, ou por causas humanas, como a extração excessiva de água subterrânea e a urbanização desordenada. Tóquio é uma das cidades que mais sofre com a subsidência, tendo afundado cerca de 4 metros desde 1900.
O que Tóquio está fazendo para enfrentar esse desafio? A cidade tem investido em medidas de adaptação e mitigação, como a construção de barreiras, diques e bombas para conter as inundações, a restauração de manguezais e pântanos para proteger a costa, a redução das emissões de gases de efeito estufa para combater o aquecimento global e a conscientização da população para o uso sustentável dos recursos naturais. Essas ações são importantes para preservar a vida e o bem-estar dos habitantes de Tóquio, bem como a sua identidade e o seu legado.
7. Xangai
Xangai é uma das maiores e mais vibrantes cidades do mundo, com uma população de mais de 24 milhões de habitantes e um PIB de quase 734 bilhões de dólares. A cidade é um centro financeiro, cultural e tecnológico, que atrai milhões de turistas todos os anos. Mas Xangai também enfrenta um grande desafio: o aumento do nível do mar causado pelas mudanças climáticas.
Segundo o Climate Central, uma organização que cria mapas que mostram quais partes do mundo podem estar ameaçadas pelo aumento do nível das águas, Xangai é a segunda cidade que mais pode perder território até 2030, ficando atrás apenas de Nova York. O mapa do Climate Central mostra que, se as emissões de gases de efeito estufa continuarem no ritmo atual, cerca de 17,5 milhões de pessoas em Xangai podem estar expostas a inundações costeiras até 2030.
Isso significa que muitas áreas da cidade, incluindo o famoso distrito financeiro de Pudong, podem ficar submersas ou vulneráveis a tempestades e marés altas. Além disso, a infraestrutura, a economia e a cultura da cidade podem ser seriamente afetadas pelo fenômeno.
Uma das principais causas do aumento do nível do mar é o derretimento das calotas polares e das geleiras, que liberam mais água para os oceanos. Outra causa é a expansão térmica da água, que ocorre quando a temperatura dos oceanos aumenta e faz com que a água ocupe mais espaço. Esses dois fatores são consequências diretas do aquecimento global, que é provocado pelo excesso de emissão de gases de efeito estufa na atmosfera.
Para enfrentar esse problema, Xangai tem tomado algumas medidas, como construir barreiras e diques ao longo da costa, elevar o nível do solo em algumas áreas, melhorar o sistema de drenagem e monitorar o risco de inundações. A cidade também tem investido em energias renováveis, transporte público e eficiência energética, para reduzir as emissões de carbono e contribuir para a mitigação das mudanças climáticas.
No entanto, essas medidas podem não ser suficientes para evitar o pior cenário, se não houver uma ação global e coordenada para combater o aquecimento global. Por isso, é importante que os governos, as empresas e os cidadãos se conscientizem da gravidade da situação e se comprometam com metas e políticas que possam reduzir as emissões de gases de efeito estufa e limitar o aumento da temperatura global.
8. Cidade de Lagos
Lagos é a cidade mais populosa da África e uma das maiores do mundo, com mais de 24 milhões de habitantes. Localizada na costa atlântica da Nigéria, Lagos é um centro econômico, cultural e político do país, atraindo milhares de pessoas todos os anos em busca de oportunidades e aventuras. Lagos é uma cidade vibrante, cheia de diversidade, criatividade e energia.
No entanto, Lagos também enfrenta sérios desafios ambientais que ameaçam sua existência. A cidade é vulnerável às mudanças climáticas, que causam o aumento do nível do mar, a erosão costeira e as inundações. Segundo projeções científicas, Lagos pode se tornar inabitável até o final deste século, se o ritmo atual de degradação continuar. Algumas partes da cidade já estão sendo levadas pela corrente, especialmente na Ilha Victoria, o principal distrito comercial de Lagos.
As inundações são um problema recorrente em Lagos, especialmente durante a estação chuvosa, que vai de março a novembro. Todos os anos, as chuvas torrenciais causam estragos na infraestrutura, nas propriedades e na vida das pessoas. Carros e casas ficam submersos na água, passageiros atravessam ônibus na altura dos joelhos e proprietários contam o custo de seus bens destruídos. As inundações também paralisam a atividade econômica, com um custo estimado de cerca de US$ 4 bilhões por ano.
Uma das principais causas das inundações em Lagos é a falta de sistemas de drenagem adequados e bem mantidos. A cidade cresceu de forma desordenada e descontrolada, sem planejamento urbano eficiente. Muitas áreas são ocupadas por assentamentos informais, sem serviços básicos como água, eletricidade e saneamento. A mineração de areia para construção é outro fator que contribui para a erosão da costa, removendo a proteção natural contra as ondas do mar.
9. Cidade de Jacarta
Jacarta é a capital e a maior cidade da Indonésia, com mais de 10 milhões de habitantes. É uma metrópole vibrante, cheia de contrastes, cultura e história. Mas também é uma cidade que enfrenta sérios problemas ambientais, sociais e políticos, que podem colocar em risco o seu futuro.
Um dos maiores desafios que Jacarta enfrenta é o aumento do nível do mar, causado pelo aquecimento global e pelo derretimento das geleiras. Segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), o nível do mar pode subir cerca de 2 metros até 2100, chegando a 5 metros em 2150. Isso significa que muitas áreas costeiras do mundo podem ficar submersas, afetando milhões de pessoas.
Jacarta é uma das cidades mais vulneráveis a esse cenário, pois foi construída sobre um solo argiloso e pantanoso, próximo ao mar. Além disso, a cidade sofre com o excessivo bombeamento de água subterrânea, que faz com que o solo afunde cada vez mais. Estima-se que Jacarta esteja afundando 15 cm por ano, e que até 2030 grande parte da cidade pode não existir mais.
As consequências desse processo são graves: inundações frequentes, contaminação da água potável, danos à infraestrutura, perda de patrimônio histórico e cultural, deslocamento de milhares de pessoas, aumento da pobreza e da violência. Jacarta já é considerada uma das cidades mais poluídas e congestionadas do mundo, e a situação tende a piorar se nada for feito.
Diante dessa realidade, o governo da Indonésia tomou uma decisão radical: mudar a capital do país para outra região. Em 2022, foi aprovado um projeto para construir uma nova cidade na ilha de Bornéu, que deve ficar pronta até 2024. A ideia é transferir gradualmente os órgãos públicos, as embaixadas e os moradores de Jacarta para a nova capital, que ainda não tem nome definido.
Essa mudança pode aliviar a pressão sobre Jacarta, mas não resolve o problema de milhões de pessoas que ainda vivem na cidade e dependem dela para sobreviver. Por isso, é preciso que haja também um plano de adaptação e mitigação dos efeitos do aumento do nível do mar, que envolva medidas como a construção de barreiras, o reflorestamento, a gestão sustentável da água, a educação ambiental e a participação social.
É importante notar que as projeções podem mudar à medida que a pesquisa avança, e esforços globais para combater as mudanças climáticas são essenciais para mitigar esses riscos. Além disso, muitas cidades estão tomando medidas para adaptação e resiliência em face desses desafios. Que o nível do mar esta aumentando isso ficou claro, mas ficar por dentro dessas curiosidades nos permitem adotar medidas afim de evitar enormes consequencias.