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O deserto é um lugar fascinante, cheio de mistérios e belezas. Mas você sabia que ele também esconde tesouros incríveis? Ficou curioso? Então continue lendo que eu vou contar um pouco sobre algumas das maravilhas que você pode encontrar no deserto, desde antigas civilizações até paisagens naturais de tirar o fôlego.
Um exemplo dos tesouros mais famosos do deserto são as pirâmides do Egito, construídas há mais de 4 mil anos pelos antigos faraós. Essas impressionantes estruturas de pedra são consideradas uma das sete maravilhas do mundo antigo e atraem milhões de turistas todos os anos. Além de admirar a arquitetura e a história das pirâmides, você também pode visitar as tumbas dos faraós, onde estão guardados seus sarcófagos, múmias e objetos preciosos. Mas cuidado: dizem que há uma maldição que afeta quem perturba o repouso dos mortos.
Explorar o deserto pode revelar uma beleza única e uma sensação de isolamento. Aqui estão seis tesouros no deserto ao redor do mundo que valem a pena visitar:
1. Wadi Rum – Jordânia
Wadi Rum é um deserto de areia vermelha e rocha de granito, no sul da Jordânia, a cerca de 60 km de Aqaba, a cidade litorânea do país. O nome Wadi Rum significa “vale alto” em aramaico, uma língua antiga que era falada na região. O deserto também é chamado de Vale da Lua, por causa da sua paisagem exótica e impressionante, que lembra a superfície lunar. Não é à toa que Wadi Rum foi cenário de filmes como Perdido em Marte, Aladdin e Lawrence da Arábia.
Wadi Rum é uma área protegida pela UNESCO, que abrange mais de 720 km2 de extensão. Dentro do deserto, há montanhas, cânions, arcos, cavernas, dunas e formações rochosas de diferentes tamanhos e formatos. Algumas das mais famosas são: Os Sete Pilares da Sabedoria, uma referência ao livro de T.E. Lawrence, um oficial britânico que participou da revolta árabe contra o Império Otomano durante a Primeira Guerra Mundial; o Monte Rum, o segundo pico mais alto da Jordânia, com 1.734 metros de altitude; e o Templo Nabateu, um monumento construído pelos antigos habitantes do deserto, que deixaram também pinturas rupestres e inscrições nas paredes das cavernas.
Wadi Rum é habitado por tribos beduínas, que mantêm suas tradições e costumes milenares. Eles são os responsáveis por oferecer aos visitantes uma experiência única e autêntica no deserto, que inclui: acampar sob as estrelas, em tendas típicas ou em domos transparentes; andar de camelo ou de cavalo, os meios de transporte mais usados pelos beduínos; fazer um passeio de 4×4, para explorar as belezas naturais do deserto; degustar a culinária local, como o zarb, um prato de carne e legumes cozidos em um forno subterrâneo.
2. Deserto de Atacama – Chile
O deserto de Atacama é um dos destinos mais fascinantes e surpreendentes do Chile. Considerado o deserto mais árido do mundo, ele esconde uma variedade de paisagens e atrações que encantam os viajantes que buscam aventura, natureza e cultura.
As lagunas altiplânicas são dois lagos de origem vulcânica que ficam a mais de 4 mil metros de altitude, rodeados por montanhas e vulcões da cordilheira dos Andes. As lagunas Miscanti e Miñiques têm uma cor azul intensa que contrasta com o branco do sal e o marrom da terra. Elas são um espetáculo à parte e um dos cartões-postais do deserto de Atacama. Para visitá-las, é preciso contratar um tour guiado, pois elas ficam em uma área protegida e de difícil acesso. O passeio geralmente inclui também uma visita ao salar de Atacama, o maior salar do Chile, onde você pode ver flamingos e outras aves.
Os gêiseres del Tatio são outra atração imperdível do deserto de Atacama. Eles são um conjunto de mais de 80 fontes termais que jorram vapor e água quente a uma altura de até 10 metros. O fenômeno ocorre devido à alta pressão e temperatura do subsolo, que entra em contato com as águas superficiais.
O melhor horário para ver os gêiseres é ao amanhecer, quando a diferença de temperatura entre o ar e a água cria um efeito de névoa e cores incríveis. O passeio aos gêiseres também requer um guia e um transporte adequado, pois eles ficam a mais de 4.300 metros de altitude e a cerca de 90 km de San Pedro de Atacama, a cidade-base para explorar o deserto. No caminho de volta, você pode aproveitar para tomar um banho nas piscinas termais de Puritama, que têm águas cristalinas e relaxantes.
O vale de la Luna é um dos lugares mais emblemáticos do deserto de Atacama. Ele recebe esse nome por causa da sua aparência lunar, formada por rochas, dunas, cavernas e sal. O vale de la Luna faz parte da reserva nacional Los Flamencos e é um dos melhores lugares para ver o pôr do sol no deserto. As cores e as sombras que se formam no horizonte são de tirar o fôlego.
Você pode fazer o passeio ao vale de la Luna de carro, de bicicleta ou a pé, mas sempre com cuidado e respeito pela natureza. Não deixe de visitar também o vale de la Muerte, que fica ao lado do vale de la Luna e tem formações rochosas impressionantes.
As lagunas escondidas de Baltinache são um dos tesouros mais secretos do deserto de Atacama. Elas são um conjunto de sete lagoas de água salgada que ficam em meio a um cenário desértico. As lagoas têm uma cor azul-turquesa que contrasta com o branco do sal e o céu. Elas são tão salgadas que permitem que você flutue sem esforço, como no mar Morto.
É uma experiência única e divertida, que você pode fazer em algumas das lagoas que são abertas ao público. As lagunas escondidas de Baltinache ficam a cerca de 50 km de San Pedro de Atacama e o acesso é por uma estrada de terra. Você pode ir de carro próprio ou alugado, mas é recomendável ter um GPS ou um mapa, pois não há sinalização.
O deserto de Atacama é um dos melhores lugares do mundo para observar as estrelas. Isso se deve à sua altitude, à sua baixa umidade, à sua pouca poluição luminosa e ao seu clima seco e estável. O céu noturno do deserto é um espetáculo à parte, que revela milhares de estrelas, planetas, constelações, nebulosas e até a Via Láctea.
Você pode fazer a observação de estrelas por conta própria, com um telescópio ou uma câmera, ou contratar um tour astronômico, que inclui um guia especializado, equipamentos profissionais e explicações sobre a astronomia e a cultura andina. É uma atividade que vale a pena fazer pelo menos uma vez na vida.
O deserto de Atacama não é só natureza. Ele também tem uma rica cultura e história, que remonta aos povos indígenas que habitavam a região há milhares de anos. Você pode conhecer um pouco dessa cultura e história visitando os povoados, as igrejas, os museus e os sítios arqueológicos que existem no deserto.
Alguns dos lugares que você pode visitar são: o povoado de San Pedro de Atacama, que é a principal base turística do deserto e tem uma arquitetura típica, um mercado artesanal, uma igreja colonial e um museu arqueológico; o povoado de Toconao, que é famoso por suas construções de pedra vulcânica e sua igreja de São Lucas; o povoado de Socaire, que é conhecido por sua gastronomia e sua agricultura em terraços, entre outros.
3. Deserto de Mojave – EUA
O deserto de Mojave é um dos lugares mais fascinantes e misteriosos do mundo. Localizado no sudoeste dos Estados Unidos, ele abrange partes dos estados da Califórnia, Nevada, Utah e Arizona. É o deserto mais seco da América do Norte, com uma precipitação média anual de apenas 100 mm. Mas não se engane: o deserto de Mojave não é apenas um lugar árido e inóspito. Ele é também um tesouro de belezas naturais, vida selvagem, história e cultura.
O Parque Nacional do Vale da Morte é o maior parque nacional dos Estados Unidos fora do Alasca, com mais de 13 mil km² de área. Ele abriga o ponto mais baixo da América do Norte, o Badwater Basin, que fica a 86 metros abaixo do nível do mar. Ele também é o lugar mais quente do mundo, tendo registrado a temperatura recorde de 56,7°C em 1913.
Mas o Vale da Morte não é apenas um lugar extremo. Ele é também um lugar de paisagens deslumbrantes, que variam de montanhas cobertas de neve a dunas de areia, de salinas a oásis, de cânions a vulcões. O parque possui uma biodiversidade surpreendente, com mais de 1.000 espécies de plantas e 400 de animais, muitos deles endêmicos e adaptados às condições adversas.
O parque oferece diversas opções de atividades para os visitantes, como caminhadas, ciclismo, acampamento, observação de estrelas, fotografia e muito mais. Além disso, o parque possui um rico patrimônio histórico e cultural, que inclui vestígios de povos nativos, de exploradores, de mineradores e de pioneiros que passaram pela região.
Outro tesouro é o Parque Nacional Joshua Tree do deserto de Mojave, que se destaca pela sua vegetação única e exótica. O parque recebe o nome da árvore de Josué, uma espécie de yucca que cresce apenas nesse deserto e que tem um formato peculiar, com ramos retorcidos e espinhosos. A árvore de Josué é considerada uma espécie indicadora do deserto de Mojave, pois delimita os seus limites geográficos.
O parque abrange duas zonas ecológicas distintas: o deserto de Mojave, no oeste, e o deserto de Colorado, no leste. Essa diversidade se reflete na flora e na fauna do parque, que abriga mais de 800 espécies de plantas e 250 de animais, incluindo o coiote, o coelho, o esquilo, o gambá, o lagarto, a tartaruga, a coruja e o falcão.
O parque também possui formações rochosas impressionantes, que são o resultado de milhões de anos de erosão e movimentos tectônicos. Essas rochas são um paraíso para os praticantes de escalada, que encontram no parque mais de 8.000 rotas de diferentes níveis de dificuldade. O parque também oferece outras atividades, como caminhadas, ciclismo, acampamento, observação de estrelas e visitas guiadas.
A Reserva Nacional de Mojave também é um tesouro, uma área protegida que abrange mais de 6.000 km² no centro do deserto de Mojave, no estado de Nevada. Ela foi criada em 1994, com o objetivo de preservar e restaurar os ecossistemas do deserto, que estavam ameaçados pela exploração de minérios, pela agricultura e pelo desenvolvimento urbano.
A reserva possui uma grande variedade de habitats, que vão desde planícies a montanhas, desde florestas a dunas, desde lagos a cavernas. A reserva é o lar de mais de 300 espécies de animais e 900 de plantas, muitas delas raras e ameaçadas de extinção. Entre os animais, destacam-se o carneiro selvagem, o lince, o coiote, o gato-do-mato, o condor da Califórnia e a tartaruga do deserto. Entre as plantas, destacam-se o cacto saguaro, a palmeira, a papoula e a lavanda.
A reserva oferece aos visitantes a oportunidade de explorar e apreciar a beleza e a tranquilidade do deserto, com atividades como caminhadas, ciclismo, acampamento, observação de vida selvagem, fotografia e educação ambiental. A reserva também possui um importante valor histórico e cultural, pois abriga sítios arqueológicos, ruínas de minas, estradas históricas e comunidades rurais.
4. Deserto de Gobi – Mongólia/China
O deserto de Gobi é um dos maiores e mais fascinantes desertos do mundo, localizado entre a China e a Mongólia. Ele abriga uma diversidade de paisagens, vida selvagem, cultura e história que encantam os viajantes mais curiosos e aventureiros.
Um dos principais atrativos do deserto de Gobi é a sua riqueza paleontológica. O deserto foi palco de importantes descobertas de fósseis de dinossauros, que revelam como era a vida na Terra há milhões de anos. Um dos locais mais famosos é o penhasco de Flaming Cliffs, onde o explorador americano Roy Chapman Andrews encontrou os primeiros ovos de dinossauro em 1923. O local tem esse nome por causa da cor avermelhada das rochas, que ficam ainda mais intensas ao pôr do sol. Além dos ovos, você também pode ver fósseis de esqueletos e pegadas de diversas espécies de dinossauros, como o velociraptor, o protoceratops e o oviraptor.
Outro tesouro do deserto de Gobi é o seu patrimônio histórico e cultural. O deserto foi cenário de importantes acontecimentos, como a expansão do Império Mongol, a Rota da Seda e a Revolução Comunista. Você pode conhecer um pouco dessa história visitando as ruínas de antigas cidades e templos, como a cidade de Karakorum, que foi a capital do Império Mongol no século XIII.
Lá, você pode ver os restos do palácio de Genghis Khan, o fundador do império, e do mosteiro de Erdene Zuu, o primeiro centro budista da Mongólia. Você também pode visitar a cidade de Khara Khorum, que foi um importante centro comercial na Rota da Seda, e que hoje está abandonada no meio do deserto. Lá, você pode ver as estruturas de pedra e tijolo que resistiram ao tempo e à areia, e imaginar como era a vida nessa cidade fantasma.
Além da história, o deserto de Gobi também oferece uma rica experiência cultural. Você pode conhecer a cultura e o modo de vida dos povos nômades que habitam o deserto, como os mongóis e os chineses. Você pode se hospedar em uma ger, que é uma tenda circular feita de feltro e madeira, que é a moradia típica dos nômades.
Você pode experimentar a culinária local, que é baseada em carne de carneiro, leite de camelo e queijo. Você pode aprender sobre as tradições e os costumes desses povos, como a música, a dança, os jogos e os rituais. Você pode até mesmo participar de algumas atividades, como montar um camelo, tosar uma ovelha ou jogar arco e flecha.
Por fim, o deserto de Gobi também surpreende pela sua biodiversidade e beleza natural. Apesar de ser um ambiente árido e extremo, o deserto abriga uma variedade de animais e plantas adaptados às suas condições. Você pode ver camelos, cavalos, antílopes, gazelas, raposas, lobos, ursos, lebres, aves e répteis. Você também pode ver algumas plantas rasteiras e halófilas, que são capazes de sobreviver com pouca água e em solos salinos.
Além disso, você pode admirar as diferentes paisagens que o deserto oferece, como dunas de areia, montanhas, planícies, lagos, rios, oásis e cânions. Um dos lugares mais impressionantes é o desfiladeiro de Yolyn Am, onde um rio sinuoso criou um oásis deslumbrante, que chega a ter gelo no verão.
Como você pode ver, o deserto de Gobi é um lugar cheio de tesouros que vale a pena visitar. É uma aventura inesquecível, que combina ciência, história, cultura e natureza. Se você gosta de viajar e de conhecer novos lugares, não deixe de incluir o deserto de Gobi no seu roteiro.
5. Deserto do Saara – Norte da África
O deserto do Saara é o maior deserto quente do mundo, com uma área de quase nove milhões de quilômetros quadrados. Ele se estende por 11 países do norte da África, desde o Marrocos até o Egito, passando pela Argélia, Tunísia, Líbia, Mali, Níger, Chade, Sudão e Mauritânia. Mas o Saara não é apenas uma imensa planície de areia. Ele esconde tesouros naturais, culturais e históricos que valem a pena serem descobertos por quem ama viajar e se aventurar.
Começando por Ait-Ben-Haddou, uma aldeia fortificada, ou ksar, localizada na província de Ouarzazate, no Marrocos. Ela é considerada a mais bem preservada do país e foi declarada Patrimônio Mundial da UNESCO em 1987. Ait-Ben-Haddou é formada por casas de barro e palha, construídas em uma colina, cercadas por muralhas e torres. Ela data do século XI e foi um importante ponto de passagem das rotas comerciais que ligavam o Saara ao Mediterrâneo.
Ait-Ben-Haddou também é famosa por ter servido de cenário para vários filmes e séries, como Lawrence da Arábia, A Múmia, Gladiador, Game of Thrones e Maria Madalena. Você pode visitar a aldeia e se sentir em uma viagem no tempo, admirando a arquitetura, a paisagem e a cultura local. Você também pode se hospedar em um dos riads, que são casas tradicionais marroquinas, transformadas em hotéis.
Outro tesouro é o oásis de Siwa, um dos mais belos e isolados do Egito. Ele fica no meio do deserto, a cerca de 300 quilômetros da costa mediterrânea. Ele é habitado pelos siwanos, um povo de origem berbere, que tem uma língua, uma religião e uma cultura próprias. O oásis de Siwa é conhecido por suas fontes de água mineral, suas palmeiras, suas oliveiras e seus pomares de tâmaras. Ele também tem uma rica história, que remonta à antiguidade.
O oásis de Siwa foi visitado por Alexandre, o Grande, em 331 a.C., quando ele consultou o oráculo de Amon, um dos principais deuses egípcios. O oráculo ficava no templo de Amon, que hoje está em ruínas, mas ainda pode ser visto. Outras atrações do oásis de Siwa são a montanha dos mortos, onde há várias tumbas pintadas, a fortaleza de Shali, que foi construída com sal e barro, e o lago de sal, onde é possível flutuar devido à alta densidade da água.
Além disso, temos o Tassili n’Ajjer, um parque nacional e um sítio arqueológico na Argélia. Ele abrange uma área de 72 mil quilômetros quadrados, que inclui uma cadeia de montanhas, um planalto rochoso e um deserto de areia. Tassili n’Ajjer significa “planalto dos rios” em língua tuaregue, pois há vários leitos de rios secos que cortam a região. Tassili n’Ajjer é considerado um dos maiores museus a céu aberto do mundo, pois possui mais de 15 mil pinturas e gravuras rupestres, que datam de até 10 mil anos atrás.
As pinturas e gravuras retratam cenas da vida cotidiana, da fauna e da flora do Saara, em diferentes períodos climáticos. Elas mostram que a região já foi mais úmida e verde, com animais como elefantes, girafas, rinocerontes e crocodilos. Elas também revelam aspectos da cultura e da religião dos povos que habitaram o Saara, como os caçadores-coletores, os pastores nômades e os agricultores sedentários. Tassili n’Ajjer foi declarado Patrimônio Mundial da UNESCO em 1982 e Reserva da Biosfera em 1986.
Por fim, o Timbuktu é uma cidade histórica no Mali, às margens do rio Níger. Ela foi fundada no século XI e se tornou um importante centro comercial, cultural e religioso do Saara. Ela foi parte dos impérios do Mali, do Songai e do Marrocos, e recebeu a visita de vários viajantes, comerciantes e estudiosos, como Ibn Battuta, Leo Africanus e Mungo Park. Timbuktu é famosa por suas mesquitas, suas madraças (escolas islâmicas) e suas bibliotecas, que guardam milhares de manuscritos antigos, sobre diversos temas, como história, geografia, astronomia, medicina, poesia e direito.
Timbuktu foi declarada Patrimônio Mundial da UNESCO em 1988, mas enfrenta sérias ameaças, como a desertificação, a pobreza, os conflitos armados e o extremismo religioso. Em 2012, a cidade foi ocupada por grupos jihadistas, que destruíram vários monumentos e manuscritos, considerados heréticos. Em 2013, a cidade foi libertada por forças francesas e africanas, e iniciou-se um processo de restauração e preservação do seu patrimônio. Timbuktu é um símbolo da resistência e da diversidade cultural do Saara.
6. Deserto de Sonora – EUA/México
O deserto de Sonora é um dos maiores e mais quentes desertos da América do Norte, abrangendo partes do sudoeste dos Estados Unidos e do noroeste do México. Mas não se engane: esse deserto não é apenas areia e pedra. Ele esconde uma riqueza de paisagens, vida selvagem, cultura e história que vão surpreender e encantar os viajantes mais aventureiros.
Um dos tesouros mais impressionantes do deserto de Sonora é a sua biodiversidade. Apesar das condições áridas e extremas, o deserto abriga mais de 2.000 espécies de plantas nativas, 60 espécies de mamíferos, 350 espécies de aves, 20 espécies de anfíbios e mais de 100 espécies de répteis.
Entre eles, se destacam o cacto saguaro, a flor símbolo do estado do Arizona, que pode atingir mais de 20 metros de altura e viver por mais de 180 anos; a onça-pintada, o maior felino das Américas, que ainda sobrevive em algumas áreas protegidas do deserto; o morcego-celeste, uma espécie endêmica que se alimenta do néctar das flores do cacto; e o coiote, o animal mais icônico do Velho Oeste, que pode ser ouvido uivando à noite.
Para apreciar a flora e a fauna do deserto de Sonora, uma boa opção é visitar o Museu do Deserto do Arizona-Sonora, um museu a céu aberto que oferece aos visitantes a oportunidade de ver de perto os animais e as plantas em seu habitat natural. O museu fica ao sul da cidade de Phoenix, e conta com mais de 20 hectares de área, divididos em vários ecossistemas do deserto, como o bosque de saguaros, o oásis de palmeiras, a montanha rochosa e o riacho do deserto. O museu também oferece exposições, trilhas, shows e atividades educativas para todas as idades.
Outro tesouro do deserto de Sonora é a sua rica cultura e história, que reflete a influência de diferentes povos e épocas que passaram pela região. Desde os povos indígenas, como os Tohono O’odham, os Pima e os Yaqui, que habitavam o deserto há milhares de anos, até os colonizadores espanhóis, que trouxeram a religião católica, a arquitetura colonial e as missões jesuítas, passando pelos exploradores, mineradores, vaqueiros e pistoleiros, que protagonizaram as lendas e os conflitos do Velho Oeste, o deserto de Sonora guarda um patrimônio histórico e cultural único e diverso.
Para conhecer a cultura e a história do deserto de Sonora, uma boa opção é visitar a cidade de Tucson, a segunda maior cidade do Arizona e a mais antiga do estado. Tucson foi fundada em 1775 pelos espanhóis, e preserva até hoje o seu charme histórico, com edifícios, igrejas, museus e monumentos que contam a sua trajetória. Além disso, Tucson é uma cidade vibrante e cosmopolita, que oferece aos visitantes uma variedade de atrações, como restaurantes, bares, galerias, festivais, parques e eventos culturais.
Por fim, outro tesouro do deserto de Sonora é a sua beleza natural, que se manifesta em paisagens deslumbrantes e cenários de tirar o fôlego. O deserto de Sonora é um lugar de contrastes, onde se pode encontrar desde montanhas nevadas e florestas de pinheiros, até dunas de areia e vulcões extintos. O deserto também é um lugar de cores, onde o verde dos cactos, o vermelho das rochas, o azul do céu e o amarelo das flores se misturam em uma harmonia perfeita. O deserto também é um lugar de luz, onde o sol brilha durante o dia e as estrelas cintilam durante a noite, criando um espetáculo visual sem igual.
Para explorar as paisagens e as aventuras do deserto de Sonora, uma boa opção é visitar o Parque Nacional Pinacate e Grande Deserto de Altar, um parque que se localiza no estado de Sonora, no México, e que foi declarado Patrimônio Mundial da UNESCO em 2013. O parque abrange uma área de mais de 7.000 km², onde se encontram alguns dos maiores vulcões inativos do mundo, como o Pinacate, que tem 1.200 metros de altura, e o El Elegante, que tem uma cratera de 1,6 km de diâmetro.
O parque também possui as maiores dunas de areia do continente americano, que chegam a ter 200 metros de altura e formam desenhos geométricos impressionantes. O parque é um lugar ideal para os amantes da natureza e da aventura, que podem praticar atividades como caminhadas, ciclismo, acampamento, observação de animais e de estrelas.
Ao explorar esses tesouros no deserto, esteja preparado para as condições climáticas extremas e leve em conta a preservação ambiental. Cada um desses destinos oferece uma perspectiva única e uma experiência inesquecível
O que você está esperando? Estes são apenas alguns exemplos dos tesouros que o deserto guarda para quem se aventura a explorá-lo. Há muito mais para descobrir e se surpreender. Por isso, não perca tempo e planeje já a sua viagem para o deserto. Você não vai se arrepender!