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Se você está interessado em explorar lugares assustadores ou associados ao sobrenatural, aqui estão seis destinos ao redor do mundo conhecidos por suas histórias arrepiantes:
1. Ilha das Bonecas – México
Você gosta de aventuras, mistérios e lugares exóticos? Então, você vai adorar conhecer a Ilha das Bonecas, uma das atrações turísticas mais assustadoras do México.
A Ilha das Bonecas, ou Isla de las Muñecas, é uma pequena ilha localizada nos canais de Xochimilco, ao sul da Cidade do México. O nome se deve às centenas de bonecas velhas e mutiladas que estão penduradas nas árvores e espalhadas pelo local. As bonecas têm membros decepados, cabeças decapitadas e olhos vazios que acompanham os visitantes. Algumas delas estão cobertas de teias de aranha, musgo e insetos, dando um aspecto ainda mais macabro.
A origem da Ilha das Bonecas está ligada a um homem chamado Don Julián Santana Barrera, que se mudou para a ilha na década de 1950, após abandonar sua família. Segundo a lenda, ele encontrou o corpo de uma menina que se afogou no canal e, logo depois, viu uma boneca flutuando na água. Ele acreditou que a boneca pertencia à menina e a resgatou, colocando-a em uma árvore como uma forma de homenagear a sua alma.
No entanto, uma boneca não foi suficiente para acalmar o espírito da menina, que começou a assombrar Don Julián. Ele então passou a coletar mais bonecas, comprando-as em mercados de pulgas ou encontrando-as no lixo. Ele as pendurava nas árvores, nas cercas e nas paredes de sua casa, acreditando que elas o protegeriam dos maus espíritos. Ele também as vestia com roupas e acessórios, e conversava com elas como se fossem suas filhas.
Don Julián viveu na ilha por mais de 50 anos, até que, em 2001, ele foi encontrado morto no mesmo lugar onde havia encontrado a menina afogada. Alguns dizem que ele morreu de ataque cardíaco, outros dizem que ele se suicidou, e outros dizem que ele foi assassinado pelas próprias bonecas. O fato é que sua morte aumentou ainda mais a fama de assombrada da ilha, que passou a atrair a atenção de turistas, jornalistas e investigadores paranormais.
Para visitar a Ilha das Bonecas, é preciso pegar um barco chamado trajinera, que é uma espécie de gôndola colorida que leva os turistas pelos canais de Xochimilco. A viagem dura cerca de uma hora, e o preço varia de acordo com o tempo e o número de pessoas. O ideal é negociar com o barqueiro antes de embarcar, e tentar dividir o custo com outros viajantes.
Ao chegar na ilha, é preciso pagar uma gorjeta ao cuidador do lugar, que é o primo de Don Julián, Anastasio. Ele mora na antiga casa de Don Julián, e permite que os visitantes explorem a ilha por conta própria, tirando fotos e interagindo com as bonecas. Ele também conta histórias sobre a vida de Don Julián, e mostra algumas de suas relíquias, como uma boneca que ele diz ser a primeira que ele pendurou na árvore.
A visita à ilha dura em média 30 minutos, mas pode ser mais longa ou mais curta, dependendo do interesse e da coragem de cada um. Alguns visitantes relatam ter sentido arrepios, ouvido vozes e visto movimentos nas bonecas. Outros dizem que a ilha tem uma energia positiva, e que as bonecas são apenas objetos inofensivos. O que é certo é que a ilha é um lugar único e fascinante, que desperta a curiosidade e a imaginação de quem a conhece.
2. Poveglia – Itália
Você gosta de aventuras, mistérios e histórias de terror? Então, talvez você se interesse por conhecer Poveglia, uma ilha italiana abandonada que esconde um passado sombrio e macabro. Poveglia é uma ilha localizada na parte sul da lagoa veneziana, a 500 metros da costa do Lido, na Itália. Possui uma área de 7,51 hectares e 50% da composição do solo é de cinzas humanas, devido às cremações feitas durante a pandemia da peste bubônica. É considerada a ilha mais assombrada do mundo . Atualmente, a ilha é de propriedade do Gabinete de Propriedade do Estado da Itália e está abandonada, abriga ruínas de edificações diversas, como a torre de sino San Vitale, o forte octogonal e edifícios hospitalares .
Poveglia tem uma história longa e turbulenta, que remonta ao ano de 421, quando moradores de Malamocco migraram para a ilha devido à superlotação e aos conflitos entre bizantinos e francos. A ilha chegou a ter 800 casas e cerca de 200 famílias que trabalhavam para o doge de Veneza. Porém, em 1379, com a Guerra de Chioggia entre Veneza e Gênova, a ilha foi evacuada e transformada em um posto avançado militar . Os moradores foram transferidos para Veneza e a ilha permaneceu deserta por séculos, sofrendo com tempestades e terremotos.
Em 1793, a ilha foi usada como lazareto provisório para servir de quarentena a navios com destino à Veneza. No ano seguinte, um navio espanhol infectado com a peste aportou na ilha e causou a morte de oito tripulantes. A partir de então, a ilha passou a receber todos os navios que vinham de regiões afetadas pela peste ou pela febre amarela. Além disso, a ilha também serviu de depósito de cadáveres de vítimas da peste que eram trazidos de outros lugares e queimados ou enterrados em valas comuns . Estima-se que mais de 100 mil pessoas morreram na ilha por causa da peste.
Em 1922, foi construído um edifício na ilha que, segundo os registros oficiais, era uma casa de repouso para idosos. Porém, a placa na entrada revela que se tratava de uma enfermaria psiquiátrica. Segundo as lendas, os pacientes internados eram perseguidos e atormentados pelas almas dos mortos pela peste e submetidos a experimentos cruéis e lobotomias pelo diretor do hospital . O asilo foi desativado em 1946, mas os horrores que aconteceram lá ainda ecoam nas paredes do prédio abandonado.
Poveglia é uma ilha proibida para os turistas e só pode ser visitada com autorização especial do governo italiano . Quem se aventura a pisar na ilha relata uma sensação de opressão, angústia e medo, além de ouvir vozes, gritos e sussurros vindos do nada . Alguns dizem que é possível ver vultos, sombras e aparições de pessoas que sofreram na ilha . Outros afirmam que a ilha é habitada por entidades malignas que tentam afastar os visitantes ou possuí-los .
Poveglia é um lugar que desafia a razão e a lógica, que guarda segredos e mistérios que talvez nunca sejam revelados. É um lugar que atrai os curiosos, os corajosos e os amantes do sobrenatural, mas que também pode ser uma armadilha para os imprudentes, os desavisados e os descrentes. É um lugar que fascina e assusta, que encanta e repulsa, que convida e rejeita. É um lugar que, uma vez visitado, nunca mais será esquecido.
3. Antigo cemitério judeu em Praga – República Checa
Praga é uma cidade cheia de encantos, história e cultura. Mas também é uma cidade que esconde mistérios, lendas e segredos. Um dos lugares mais fascinantes e assustadores de Praga é o Antigo cemitério judeu, situado no bairro de Josefov, o antigo gueto judeu.
O cemitério foi fundado em 1439 e usado até 1787, sendo o mais antigo do tipo na Europa. Durante mais de 300 anos, foi o único lugar onde os judeus podiam ser enterrados em Praga, devido às restrições impostas pelas autoridades cristãs. Por isso, o cemitério foi se expandindo em camadas, chegando a ter até 12 níveis de sepulturas sobrepostas. Estima-se que há mais de 100 mil corpos enterrados ali, mas apenas cerca de 12 mil lápides são visíveis hoje.
O cemitério é um lugar de pura contemplação, mas também de arrepios. As lápides, de diferentes formas e tamanhos, estão apertadas umas contra as outras, criando um labirinto de pedra. Algumas estão inclinadas, quebradas ou cobertas de musgo, dando um aspecto sombrio ao local. Entre elas, crescem árvores antigas, que parecem guardar os segredos dos mortos. O silêncio é quase absoluto, interrompido apenas pelo vento ou pelo canto dos pássaros.
O cemitério é o lar de muitas personalidades ilustres da história e da cultura judaica, como o rabino Loew, o criador da lenda do Golem, uma criatura de argila que teria sido animada por um encantamento mágico para proteger os judeus das perseguições. O túmulo do rabino Loew é o mais visitado e reverenciado do cemitério, e muitos fiéis deixam pedidos e agradecimentos nas suas lápides.
Mas o cemitério também é palco de conspirações e controvérsias. Segundo uma teoria, o cemitério teria sido o local onde os “Sábios de Sião” se reuniram para elaborar os “Protocolos dos Sábios de Sião”, um suposto plano sionista para dominar o mundo. Essa teoria foi usada para incentivar o antissemitismo na Europa e na Rússia, e foi desmentida como uma farsa.
O cemitério judeu de Praga é um lugar que impressiona e emociona. É uma viagem ao sobrenatural, ao passado e à memória de um povo que sofreu muito, mas que também deixou um legado de sabedoria e fé.
4. Os caixões suspensos de Sagada – Filipinas
Você já imaginou visitar um cemitério onde os mortos não são enterrados, mas pendurados em caixões nas paredes de um penhasco? Essa é a realidade em Sagada, uma cidade nas montanhas da ilha de Luzon, nas Filipinas. Lá, os nativos da tribo Igorot praticam essa tradição secular, que reflete sua crença na vida após a morte e no respeito pelos ancestrais.
Os caixões suspensos de Sagada são uma atração turística que atrai milhares de visitantes curiosos e corajosos todos os anos. Para chegar até eles, é preciso fazer uma caminhada de cerca de meia hora por uma trilha que passa pelo Echo Valley, um vale cercado por formações rochosas impressionantes. O som dos pássaros, do vento e dos passos dos caminhantes ecoa pelo vale, criando uma atmosfera mística.
Ao chegar ao local dos caixões, o cenário é de tirar o fôlego. Dezenas de caixões de madeira, alguns pintados de cores vivas, outros já desgastados pelo tempo, estão presos nas fendas das rochas, a vários metros de altura. Alguns caixões são tão antigos que já se abriram, revelando os esqueletos dos mortos. Outros são tão pequenos que parecem de crianças, mas na verdade são de adultos que foram colocados em posição fetal, como se estivessem no útero materno.
A explicação para essa prática é que os Igorot acreditam que, ao pendurar os caixões nas alturas, eles estão aproximando os mortos dos deuses e dos espíritos dos antepassados, que habitam o céu. Além disso, eles evitam que os animais selvagens e os ladrões de túmulos profanem os corpos, e também economizam espaço no solo, que é usado para o cultivo. Os caixões são feitos pelos próprios familiares dos mortos, que os esculpem de acordo com o tamanho e a forma do corpo. Os mortos são envolvidos em mantas e colocados nos caixões, que são levados até o penhasco por meio de cordas e escadas.
Para os Igorot, a morte não é um fim, mas uma passagem para um novo estágio da existência. Por isso, eles celebram a vida dos que se foram, e não choram por eles. Eles também acreditam que os mortos continuam a proteger e a abençoar os vivos, e que um dia se reencontrarão no além.
Visitar os caixões suspensos de Sagada é uma experiência única, que mistura admiração, medo e respeito. É uma oportunidade de conhecer uma cultura diferente, que tem uma visão singular sobre a morte e o sobrenatural.
5. Capela dos ossos – Portugal
A Capela dos Ossos é um dos mais conhecidos monumentos de Évora, uma cidade histórica e cultural no Alentejo, Portugal. Ela faz parte do Convento e Igreja de São Francisco, que é classificada como Monumento Nacional desde 1910. A capela foi construída no século XVII por três monges franciscanos que queriam transmitir a mensagem da transitoriedade da vida e aproveitar o espaço dos cemitérios que ocupavam a região.
Para isso, eles retiraram os ossos de mais de 5 mil esqueletos de pessoas que foram enterradas nas igrejas e conventos da cidade e usaram-nos para decorar as paredes, os pilares e as abóbadas da capela. O resultado é uma obra de arte macabra e impressionante, que hoca e encanta os visitantes.
Logo na entrada, somos recebidos por um aviso sinistro: “Nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos”. Essa frase resume o propósito dos monges de nos fazer refletir sobre a nossa mortalidade e a nossa fé. Ao entrar na capela, somos envolvidos por uma atmosfera sombria e silenciosa, que contrasta com a luz que entra pelas três pequenas janelas do lado esquerdo. Os ossos estão dispostos de forma harmoniosa e artística, formando padrões geométricos e florais. Alguns crânios estão adornados com coroas de flores secas, que simbolizam a fragilidade da vida.
No centro da capela, há um altar-mor com uma imagem do Senhor dos Passos, que representa o sofrimento de Jesus Cristo na sua caminhada com a cruz até o calvário. Essa imagem é conhecida na cidade como Senhor Jesus da Casa dos Ossos e é muito venerada pelos fiéis. Na parede oposta ao altar, há dois esqueletos inteiros pendurados por correntes, sendo um deles de uma criança.
Não se sabe ao certo a origem desses esqueletos, mas há várias lendas e teorias sobre eles. Uma delas diz que são os corpos de um homem e seu filho, que foram condenados à morte por um crime que não cometeram. Outra diz que são os restos de um monge e um nobre, que se desentenderam e foram castigados pelos seus pares.
A capela também possui alguns poemas sobre a morte e as caveiras, escritos em latim e português, que complementam a sua mensagem moral e religiosa. Um deles diz:
“Onde está a vaidade do mundo, e a sua glória? Onde está a cobiça, e a soberba? Onde está a distinção dos sangues, e dos poderes? Onde está a diferença dos reinos, e das nações? Onde está a grandeza dos títulos, e das dignidades? Tudo é nada, tudo é pó, tudo é sombra, tudo é cinza, tudo é morte.”
6. Hospital psiquiátrico de Parma – Itália
O Hospital psiquiátrico de Parma foi inaugurado em 1913, na cidade italiana de Parma, com o objetivo de tratar pacientes com problemas mentais. No entanto, o que era para ser um lugar de cuidado e recuperação se tornou um cenário de horror e sofrimento. Durante o regime fascista de Mussolini, o hospital foi usado como um campo de concentração para judeus, homossexuais, comunistas e outros considerados indesejáveis pelo ditador. Muitos foram torturados, mutilados e mortos nas suas dependências. Além disso, o hospital também foi palco de experimentos médicos cruéis e desumanos, que deixaram marcas profundas nos sobreviventes e nos funcionários.
Após o fim da Segunda Guerra Mundial, o hospital continuou funcionando, mas com uma reputação macabra. Os pacientes eram submetidos a tratamentos violentos e abusivos, como eletrochoques, lobotomias, isolamento e medicação excessiva. Muitos morreram ou enlouqueceram ainda mais nas celas sujas e superlotadas. Os relatos de maus-tratos e violações dos direitos humanos eram constantes, mas nada era feito para mudar a situação. O hospital só foi fechado em 1988, após uma série de protestos e denúncias.
Hoje, o Hospital psiquiátrico de Parma é um lugar abandonado e decadente, que guarda as memórias de um passado terrível. Os corredores escuros e silenciosos, as salas vazias e deterioradas, os equipamentos enferrujados e quebrados, tudo contribui para criar uma atmosfera de medo e angústia. Mas o que mais assusta os visitantes são os sons e as vozes que ecoam pelas paredes, como se os espíritos dos antigos pacientes e funcionários ainda vagassem pelo local, clamando por justiça ou vingança.
Muitos aventureiros e curiosos já se arriscaram a entrar no hospital, em busca de emoções fortes e provas do sobrenatural. Alguns saíram ilesos, outros traumatizados, e alguns nunca mais voltaram. Há relatos de aparições fantasmagóricas, objetos que se movem sozinhos, portas que se fecham e se abrem, gritos e sussurros, toques e empurrões, e até mesmo possessões e ataques físicos. O hospital é considerado um dos lugares mais mal-assombrados do mundo, e não é recomendado para os fracos de coração.
Se você tem coragem e interesse em conhecer o Hospital psiquiátrico de Parma, saiba que é preciso ter uma autorização especial para entrar no local, pois ele é propriedade privada e está sob vigilância. Além disso, é preciso ter cuidado com os perigos reais que o hospital oferece, como o risco de desabamento, a presença de animais selvagens, a falta de iluminação e a poluição. E, é claro, é preciso estar preparado para enfrentar os horrores que o hospital esconde, e que podem deixar marcas permanentes na sua mente e na sua alma.
Ao visitar esses lugares, é importante respeitar a história e as culturas locais, bem como seguir as regras e regulamentos. Algumas dessas atrações podem ter acesso restrito ou requerer permissão especial. E se você gosta desse conteúdo assustador, voltado ao sobrenatural e ao medo, confira nosso outro post aqui.